Ciro diz que aliança no Ceará "está se dissolvendo pela sabotagem do Lula"
Ao falar sobre o modelo econômico no Estado, o pedetista disse que a "coesão política" que marca os últimos governos locais está ameaçada por atuação do petista. "Não tem escrúpulo", atacou.
O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) usou parte do seu discurso em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta quinta-feira, 22, para fazer duras críticas ao ex-presidente Lula (PT) e seus aliados. Ao falar sobre a política econômica no Ceará, o pedetista disse que a coesão política no estado está sendo ameaçada por uma "sabotagem" do seu adversário petista.
"Quando chegou a crise, quando o Brasil apontou, nós do Ceará temos muito planejamento, muito olhar, muita coesão política que está se dissolvendo lá pela sabotagem do Lula, mas eu espero que ainda se assuma a responsabilidade. Não tem escrúpulo, está acontecendo pela primeira vez em 20 anos uma confusão política lá no Ceará. Está tudo certo e o povo que vai resolver o problema, só falo porque isso me magoa, porque são coisa gravíssimas que estão em risco por conta dessa irresponsabilidade e dessa demagogia", disse Ciro.
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O candidato do PDT à Presidência da República Ciro disse que a "coesão política" do Ceará está sendo ameaçada por uma "sabotagem" do ex-presidente Lula (PT), seu adversário nas urnas. O pedetista discursou em evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). pic.twitter.com/oVkMxNSw49
A acusação acontece após o PT no Ceará cogita lançar um nome próprio para a disputa ao Palácio da Abolição e romper aliança local de 16 anos com os pedetistas. A crise no grupo governista viveu seu ápice pós a turbulenta votação do diretório estadual do PDT, na última segunda-feira, 18, que oficializou o nome do ex-prefeito Roberto Cláudio para disputar o Palácio da Abolição. A derrota da governadora Izolda Cela (PDT) incomodou petistas, inclusive o ex-governador Camilo Santana (PT).
Neste sábado, 23, o PT realiza um encontro de tática eleitoral onde deve anunciar seu candidato próprio ao governo cearense, o que daria um fim oficial à aliança com pedetistas. Nos bastidores, a expectativa é que o futuro nome poderá ser lançado com a presença de Lula no Ceará.
Enquanto isso, o ex-senador Eunicío Oliveira, desafeto político dos Ferreira Gomes desde 2018, articula com o ex-presidente petista uma possível composição política para as eleições. Na última semana, ambos estiveram reunidos em São Paulo, durante encontro com lideranças do MDB de 11 estados.
Durante encontro na Fiesp, Ciro Gomes citou Eunício em suas críticas e afirmou que Lula articula com uma "quadrilha e ladrões" do MDB retirar a candidatura da senadora Simone Tebet ao Planalto. "Isso não é democracia, Eunício Oliveira recebeu R$ 1 bilhão de contratos sem licitação do Lula na Petrobras, o nome da empresa é Manchester, para ele que está operando junto com Renan Calheiros, Eduardo Braga, essa escória da vida brasileira", finalizou o pedestisa.