Damares confirma desistência do Senado e faz mistério sobre destino
Ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos) quebrou o silêncio e confirmou nesta quinta-feira, 21, a retirada de sua pré-candidatura a senadora pelo Distrito Federal.
Negociado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o acordo com o grupo político de José Roberto Arruda (PL) que rifou a pastora evangélica foi anunciado na última terça-feira pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mas Damares não havia se pronunciado até agora. Ela faz mistério sobre seu futuro na política.
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"O presidente Bolsonaro sugeriu que eu concorra a deputada federal, o que ainda não decidi. Tudo depende da posição do meu partido", publicou nas redes sociais.
De acordo com a ex-ministra, o sumiço se deveu a uma preparação para exames de checkup e Bolsonaro não a traiu. "Não me passou rasteira alguma e tampouco me forçou a recuar em minha pré-candidatura ao Senado pelo DF", afirmou. "Em nome do projeto do Brasil, entendi que eu poderia servir às famílias do DF e também ao meu país de outras formas e em outras posições".
Pelo acordo selado, Damares recuou para dar espaço à ex-ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda (PL), que será a candidata bolsonarista ao Senado no DF em dobradinha com Ibaneis. José Roberto Arruda vai sair para a Câmara dos Deputados, com o objetivo de fazer bancada. A costura impediu o lançamento de dois palanques bolsonaristas no DF, como temia o Palácio do Planalto. Na semana passada, Ibaneis havia anunciado chapa com Damares.
Como mostrou o Broadcast Político, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, não foi consultado sobre o recuo de Damares. Ele afirma que a decisão sobre o futuro político da ex-ministra será negociado pelo diretório local do partido.
Antes de transferir o domicílio eleitoral para o DF, Damares ensaiava disputar o Senado no Amapá para enfrentar o senador Davi Alcolumbre (União Brasil), pré-candidato à reeleição que se distanciou do governo Bolsonaro após tensões no processo de indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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