Wagner diz que PDT rejeitar Izolda "se encaixa perfeitamente" como violência política de gênero

Segundo o pré-candidato, caso o atual governador fosse um homem, "sem dúvida nenhuma ele teria o direito e concorreria a reeleição"

17:26 | Jul. 20, 2022

Por: Filipe Pereira
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 06-07-2022: (Foto: Samuel Setubal/ Especial para O Povo) (foto: Samuel Setubal)

O principal nome da oposição no estado, o deputado federal e pré-candidato Capitão Wagner (União Brasil), voltou a criticar, nesta quarta-feira, 20, a votação do diretório estadual do PDT que culminou com a rejeição da candidatura à reeleição da governadora Izolda Cela. Na última segunda-feira, 18, o partido realizou uma votação aberta e optou pela indicação do ex-prefeito Roberto Cláudio. 

O presidente do União Brasil no Ceará, afirmou em entrevista à rádio O POVO/CBN, que o caso "se encaixa perfeitamente" em violência política de gênero. "Ano passado eu conheci uma expressão chamada violência política de gênero e eu fui tentar entender o que era. É muitas vezes a maneira preconceituosa como se trata uma mulher na política, e eu acho que esse conceito se encaixa perfeitamente no que aconteceu agora recentemente no estado do Ceará', destacou.

Segundo o pré-candidato, caso a atual governadora fosse um homem, "sem dúvida nenhuma teria o direito e concorreria a reeleição". Na segunda, logo após a votação do PDT, Wagner afirmou respeitar o processo interno do partido, mas disse que a decisão causou "muita estranheza" pelo fato da governadora, no mandato e "com vasto apoio de prefeitos e deputados", não ter sido a escolhida. 

Adversário político do PDT e dos Ferreira Gomes, o parlamentar licenciado aguarda o fim do lançamento das candidaturas dos seus opositores para finalizar seu arco de alianças e estratégias eleitorais até a próxima semana. Ele avaliou que a definição do nome do PDT em nada altera sua estratégia nas eleições, porém, aproveitou para lançar críticas ao ex-prefeito Roberto Cláudio, agora seu oficial adversário nas urnas.

"Nós temos tido uma estratégia de falar das solução dos problemas dos cearenses. Logo após a definição do mandato ele [RC] já foi dar entrevista me agredindo, com uma série de acusações E eu, em nenhum momento, vou entrar no debate pessoal, não vou falar na gestão dele como prefeito, não vou tocar na questão do hospital PV, de respirador", finalizou Wagner.