Em meio a crise, Ciro critica Maria Luíza e PT: "Não sabia e ainda não aprendeu a governar"

Em tempos de ruptura entre PT e PDT no Ceará de 2022, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) alfinetou a ex-prefeita de Fortaleza Maria Luíza Fontenele e o PT na convenção que lhe lança candidato a presidente, que ocorre nesta quarta-feira, 20, em Brasília. Disse que teve o desafio de reconstruir Fortaleza, segundo ele completamente destruída por um partido que não sabia e ainda não aprendeu a governar.

"No meu Ceará, eu tive a honra de ser o prefeito mais jovem da Capital. E o desafio de reconstruir Fortaleza. Ó, como eu lembro, completamente destruída pela incompetência de um partido que não sabia governar e até hoje parece que não aprendeu direito. Depois vocês vêem no Google quem é que me antecedeu no estado do Ceará, qual partido", disse Ciro Gomes.

Maria Luiza foi prefeita de 1986 a 1989, sendo sucedida por Ciro. Ele geriu a Capital por 15 meses, saindo para disputar o Governo do Ceará, apadrinhado pelo empresário Tasso Jereissati. Venceu aquela disputa. Ao chegar ao Paço Municipal, sede da Executivo municipal, Ciro prometeu que taparia todos os buracos e retiraria o lixo da Cidade em 90 dias. 

A crítica ao PT guarda sintonia com o discurso local e nacional de Ciro, que há anos tem apontado erros na condução econômica e politica dos governos Lula e Dilma (2003 a 2016). Neste ano, PT e PDT no Ceará romperam uma aliança iniciada em 2006.

O PDT lançará o ex-prefeito Roberto Cláudio (presente na convenção de Ciro) a governador do Ceará no próximo domingo, 24, em convenção no Colégio Farias Brito, na Rua Senador Pompeu.

A escolha fez o PT decidir sair da aliança. Petistas nunca tiveram boa relação com o ex-prefeito. Eles -  especialmente o ex-governador Camilo Santana (PT) - defendiam que Izolda Cela, atual governadora, pudesse ir para a reeleição. Camilo disse que Izolda na disputa era uma "questão de justiça".

Izolda, ao se manifestar sobre a decisão desta segunda-feira favorável a RC, não fez menção ao ex-prefeito. Disse, em vez, disso, que o PDT decidiu que ela não tem direito de disputar a reeleição.

Ciro já havia sugerido que o ex-governador Camilo Santana (PT) era um ex-aliado que já estaria acertado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), numa troca de apoio no Ceará pelo comando de um ministério em eventual terceiro governo do petista.