Salmito diz que candidatura de Cid seria consenso, mas alega que senador não quer concorrer
O parlamentar informou que, nos bastidores, o senador e um dos principais articuladores do grupo governista cearense não tem manifestado interesse em voltar a disputar o Palácio da Abolição
17:49 | Jul. 13, 2022
O deputado estadual Salmito Filho (PDT) avaliou como positivo o cenário de uma eventual disputa do senador Cid Gomes (PDT) como estratégia de apaziguar as tensões que se intensificam na aliança governista neste ano. Em sessão na Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE), nesta quarta-feira, 13, o pedetista afirmou que uma ida do correligionário para a disputa estadual seria um "consenso" entre os aliados.
“Isso é um consenso porque o ex-governador Cid é a liderança maior desse projeto estadual. O ex-governador Ciro é a liderança maior do projeto nacional e o senador Cid é a liderança maior do projeto estadual (...) Ele, desde 2006, quando se elegeu governador, construiu esse arco da aliança, foi o principal responsável pela sucessão de escolha do ex-governador Camilo. Então se o senador aceitar", disse Salmito.
No entanto, o parlamentar informou que, nos bastidores, o senador e um dos principais articuladores do grupo governista cearense nos últimos anos não tem manifestado interesse em voltar a disputar o Palácio da Abolição. "Ele tem manifestado publicamente e reservadamente que não deseja mais ser candidato. É até um desprendimento e uma grandeza do senador que é dizer "olha, tem que estimular novas lideranças", disse o deputado.
Desde o mês de abril, Cid tem ficado à parte até da resolução de conflitos entre lideranças quando o assunto são as pré-candidaturas do PDT que disputam a indicação ao Governo do Ceará. Alguns aliados, porém, acreditam que o pedetista ainda deve aparecer em momento mais conveniente. Na última segunda-feira, 11, presidente do PDT no Ceará, deputado federal André Figueiredo, o senador terceirizou para o irmão Ciro Gomes a missão de coordenar a sucessão estadual.
A assessoria de Cid chegou a justificar que ele estaria ausente devido suspeitas de Covid-19. No entanto, não houve nenhuma confirmação do diagnóstico. Uma reportagem do jornalista Carlos Mazza revela que, no Senado Federal, o parlamentar pediu licenças retroativas para meses de junho e julho. Pedidos são justificados como "missão política ou cultural de interesse parlamentar".