Ciro participa de reunião das bancadas do PDT e ressalta presença massiva de deputados
Deputados federais e estaduais da sigla tentam chegar a um consenso diante da disputa acirrada entre a governador Izolda Cela e o ex-prefeito Roberto CláudioO pré-candidato a presidente Ciro Gomes participa nesta segunda-feira, 11, da reunião das bancada federal e estadual do PDT, que tenta chegar a um consenso quanto à escolha do nome do partido que irá disputar o Palácio da Abolição. O encontro acontece a portas fechadas, sendo permitido à imprensa entrar apenas para registro fotográfico. Na ocasião, Ciro ressaltou a presença massiva de deputado federais e estaduais da sigla. "E dizer que está toda a bancada federal e estadual".
O objetivo do momento é também de apresentar aos parlamentares o trajeto percorrido durante a pré-campanha pedetista até aqui, marcada por um forte racha tanto dentro do PDT como na aliança governista.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Parte da bancada de 13 deputados do PDT na Assembleia Legislativa do Ceará defendeu uma candidatura Izolda em carta aberta divulgada no último sábado, 9. O presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, não assinou o documento por também ser pré-candidato. Ele corre por fora na disputa, com o deputado federal Mauro Filho.
Antonio Granja; Sérgio Aguiar, próximo a Domingos Filho, Queiroz Filho, aliado de Roberto Cláudio; Guilherme Landim, a quem Ciro faz frequentes elogios em eventos públicos, e Marcos Sobreira não assinaram o manifesto.
A compreensão em setores do governismo é de que a dinâmica foi politicamente desgastante à medida em que a governadora Izolda Cela e o ex-prefeito Roberto Cláudio tomaram o centro do processo, com apoiadores de cada lado numa toada de críticas e brigas acaloradas.
"Vamos exatamente apresentar para todos os companheiros das bancadas federal e estadual como foi o processo até agora, né? Na tentativa de unificarmos em torno uma candidatura única", explicou neste domingo ao O POVO André Figueiredo, deputado federal e presidente do PDT no Ceará.
As conversas dentro do PDT e com os demais aliados correm visando o dia 18, quando haverá o encontro trabalhista em que se pretende, finalmente, dizer quem vai à corrida.
Figueiredo trabalha para que se chegue a um consenso quanto ao nome. "Caso não seja possível uma posição consensual, estatutariamente o diretório regional tem o poder de tirar o indicativo de quem será o candidato para que nós possamos levar até a convenção", disse Figueiredo.
"Se vamos conseguir uma posição unificada ou não, é o decorrer dessa próxima semana que vai determinar isso, tá certo? Vamos lutar por isso, mas não sei se conseguiremos", complementa, ciente das dificuldades postas.
Ciro Gomes avalia que a opinião pública, aferida por pesquisa de intenção de voto, teria papel crucial para a escolha. Já Izolda argumenta que sondagens captam tão somente o retrato de um momento a três meses de uma eleição. Ela colocou em primeiro plano a manutenção da aliança, de modo a dizer que agrega mais partidos que Roberto Cláudio, com o PT, o MDB e o PP.
A crise chegou a seu ápice com o desentendimento público entre Ciro e o ex-governador Camilo Santana (PT), na semana passada. O pedetista disse não saber se o petista ainda era um aliado, além de sugerir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já teria assegurado a ele o comando de algum ministério em caso de eventual terceiro governo.
Foi quando Camilo publicou nota em que defendeu abertamente a possibilidade de que sua ex-vice-governadora possa disputar uma reeleição, para ele uma "questão de justiça". Foi a primeira vez que o petista compartilhou de forma clara sua preferência pela pedetista. Ele tem trabalhado de forma intensa para viabilizar o nome da aliada.