Aldo Rebelo destaca "estabilidade" de Ciro: "Não avança mas também não declina nas pesquisas"

Ele acredita que a disputa vai ser "uma eleição disputada com base na rejeição", e esse fator pode dar a chance de Ciro se sobressair ante os adversários

O ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo (PDT) disse acreditar na possibilidade do presidenciável Ciro Gomes (PDT) ter chances de melhorar seu desempenho na disputa eleitoral deste ano. Na visão dele, os dois principais candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto - Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) - estão tentando aumentar a rejeição um do outro. Desta forma, quando se tem dois candidatos que trabalham para ampliar as respectivas rejeições, a tendência é que as duas rejeições continuem aumentando. É aí que Rabelo vê a chance de Ciro se sobressair ante os adversários. Declarações foram dadas durante entrevista à rádio O POVO CBN nesta segunda-feira, 11.

“Eu tenho dito que essa eleição vai ser uma eleição disputada com base na rejeição”. Esse fator, segundo Aldo, oferece “uma janela, uma possibilidade á candidatura do Ciro, porque dessas candidaturas alternativas ou de terceira via, é a única que mantém uma estabilidade, que não avança mas também não declina nas pesquisas”, acredita.

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Ele analisou recente pesquisa FSB/BTG em que há oscilação negativa dos principais pré-candidatos. “De um ponto só, mas é uma oscilação para baixo, dos dois candidatos: oscilação de Lula e oscilação de Bolsonaro”. Segundo o ex-ministro, isso daria a Ciro Gomes uma consistência capaz de romper esse equilíbrio estratégico entre os dois protagonistas principais: Lula e Bolsonaro.

Para Rebelo, Ciro Gomes não é apenas uma rejeição ao PT ou a Bolsonaro. “A memória do trabalhismo, do nacionalismo, a memória do desenvolvimentismo que é o que o país está precisando porque está parado há décadas. A memória do compromisso com os trabalhadores. Essa memória do Getúlio (Vargas), do (Leonel) Brizola, do João Goulart e isso tudo dá a ele uma consistência que pode, não necessariamente que vá acontecer, mas pode abrir espaço nessa guerra de rejeições, onde cada um acumula lama pra jogar um no outro que é a disputa entre o PT e o atual presidente” diz.

Questionado sobre o temperamento de Ciro, que costuma atacar os demais concorrentes, e como isso pode prejudicá-lo, Rebelo destacou dois aspectos. O primeiro: a população não tolera mais “dissimulação dos políticos”, ou seja, de eles “passarem pano” nos problemas. Para ele, Ciro tem esse “selo, um carimbo de autenticidade”, e isso pesa favoravelmente para o pedetista.

O segundo: Ciro teria, de fato, a necessidade de fazer reconciliações entre posições contrárias. Apostar na moderação para encontrar uma solução adequada durante eventuais conflitos. "Eu acho que de fato esse outro aspecto pode pesar diferentemente da autenticidade para a candidatura do Ciro, ou seja, você precisa também fazer um apelo à união dos brasileiros. Não é uma união sem conteúdo. Unir o Brasil pela volta do crescimento, unir o Brasil pela redução das desigualdades, unir o Brasil pela democracia, unir o Brasil para você voltar a ter um país que tenha desenvolvimento com equilíbrio social, que é o interesse de muita gente. E para o país voltar a crescer, você precisa de uma ampla união de forças. Inclusive, forças que estão divididas que estão apoiando ora o candidato do PT ora o próprio presidente da República”, afirma.

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