Ciro reúne pré-candidatos, diz que PDT registrará pesquisa e começará a ouvir aliados
A intenção é que a pesquisa seja registrada e, assim, poderá ser divulgada e não apenas ser analisada internamente. Ciro disse que o objetivo é que seja público e transparente.O pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) reuniu os quatro pré-candidatos do PDT a governador do Ceará, anunciou que o partido realizará pesquisa para definir o nome e começará hoje mesmo a ouvir os aliados. A intenção é que a pesquisa seja registrada e, assim, poderá ser divulgada e não apenas ser analisada internamente. Ciro disse que o objetivo é que seja público e transparente.
"(Os critérios) São aqueles que nós apalavramos. Sondar a opinião pública com pesquisa de opinião que já vai ser registrada pelo PDT no Tribunal Eleitoral, para que seja público e transparente. E vamos também ouvir os partidos aliados", disse ao O POVO, ao deixar a sede do PDT. A primeira reunião ele informou que ocorre nesta terça-feira, 28, mas não disse com quem será.
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Ciro almoçou com os quatro pré-candidatos do PDT: Izolda Cela (governadora), Roberto Cláudio (o ex-prefeito de Fortaleza), Mauro Filho (deputado federal) e Evandro Leitão (presidente da Assembleia Legislativa do Ceará). A reunião ocorreu na sede do partido, em Fortaleza e foi convocada pelo próprio Ciro.
Segundo Roberto Cláudio, não houve definição de critério ou data para a escolha. "Fazer uma análise do cenário da política estadual, análise do cenário da política nacional e, mais uma vez, a gente tratar de internamente celebrar essa união, essa coesão. Organizar as bases do partido para o próximo pleito. Ao mesmo tempo, tratar também de a gente começar a planejar e organizar, cada um de nós no seu papel, a campanha do Ciro a presidente da República", disse o ex-prefeito.
Já Evandro Leitão (PDT) destacou importância de o partido iniciar uma "arrancada" pré-campanha de Ciro Gomes à Presidência no Ceará. "Foi um momento de reafirmação da nossa unidade, enquanto pré-candidatos que somos, e também fazermos uma grande campanha para o Ciro aqui no Ceará. Para que a gente possa arregimentar forças, mobilizar nossas bases e dar início a essa a arrancada para que o Ciro possa crescer", disse o deputado.
"Foi a melhor reunião de todas que nós tivemos. De mobilização, de motivação. Foi excelente. Nunca vi a gente tão empolgado", completa Mauro Filho. Presente na reunião, a governadora Izolda Cela (PDT) acabou saindo antes dos correligionários, por conta de um compromisso já agendado da gestão no Centro de Eventos. Ela deixou o local sem falar com a imprensa.
A menos de um mês da realização das convenções partidárias, período estipulado pela legislação eleitoral para que as legendas definam suas candidaturas e aliados, a escolha do bloco governista pelo nome a disputar o governo cearense teve que ser acelerada após uma série de polêmicas envolvendo a divisão entre aliados que defendem o nome de Izolda ou RC para o pleito estadual. Inicialmente, o prazo estabelecido pela executiva nacional do PDT para a oficialização da indicação foi marcado para o dia 15 de julho.
A aliança PT-PDT atravessa crise após líderes petistas afirmarem que não aceitam o nome do ex-prefeito Roberto Cláudio para concorrer ao Palácio da Abolição. A preferência entre os petistas é pela governadora Izolda Cela. Há ainda reclamações de que Camilo está sendo excluído do processo de escolha, o que começa a se confirmar a partir da reunião desta terça-feira.
O desconforto também aumentou entre pedetistas após o último encontro do PDT, realizado no dia 15 de junho, em Fortaleza. Na solenidade, o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, fez uma série de elogios a RC enquanto presidia a mesa do evento. Em um dos momentos, ele chegou a cantar uma canção que dizia “o melhor prefeito do Brasil vai virar governador”. A ação foi mal vista por nomes do PT cearense, uma vez que o partido possui outros três pré-candidatos ao cargo.
O pré-candidato Evandro Leitão (PDT) iniciou os protestos e seu desabafo acabou provocando uma série de respostas de deputados estaduais, que aproveitaram tanto para demonstrar solidariedade ao colega quanto para cobrar uma definição sobre quem será o candidato do partido. Em resposta, Lupi chegou a responder o correligionário de forma bastante crítica.
Candidaturas de outros partidos
A corrida do PDT pela escolha da futura candidatura também acontece no momento em que outros três partidos já possuem seus nomes oficiais: o PSOL, o União Brasil e o UP. Um deles e mais competitivo, segundo pesquisas de intenção de votos, é o da oposição, liderado pelo presidente estadual do União Brasil, Capitão Wagner. Desde o início do ano, o parlamentar licenciado já costura alguns partidos em seu arco de aliança.
Com a convenção do partido marcada para o último dia do prazo, às 19h, a estratégia do UB-CE é manter quatro legendas aliadas que já se comprometeram a candidatura: PTB, Avante, Podemos e Pros. Além disso, Wagner negocia com o PL, do presidente Jair Bolsonaro, seu aliado no estado, e com três siglas importantes da base governista no Ceará: PSD, PP e MDB.
Também está na disputa a pré-candidata de Adelita Monteiro, lançada pelo PSOL. A artesã e comunicadora é fundadora da sigla no Ceará e já integrou a direção nacional do partido e, atualmente, é Secretária Geral do PSOL no estado. Natural de Limoeiro do Norte, ela iniciou sua atuação política aos 15 anos de idade nas pastorais de juventude.
Pelo UP, o bancário Serley Leal também é pré-candidato ao governo cearense. O ex-militante estudantil é um dos fundadores do partido no estado e atuou no Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas. Em 2020, foi candidato a vice-prefeito de Fortaleza na chapa com a professora Paula Colares, mas não saiu vitorioso.
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