Osmar Baquit diz que bancada aguarda posicionamento de Cid sobre sucessão

Senador é o principal estrategista do governismo no Ceará

10:59 | Jun. 23, 2022

Por: Carlos Holanda
FORTALEZA, CE, BRASIL: Osmar Baquit. Deputados Estaduais da Assembléia Legislativa do Ceará. (Foto: Mauri Melo/O POVO). (foto: MAURI MELO/O POVO)

Ao lado da governadora Izolda Cela (PDT) na aula inaugural para futuros policiais militares, no Centro de Eventos, o deputado estadual Osmar Baquit (PDT) afirmou acreditar na possibilidade de que a tensão no interior do partido amenize com o passar dos dias, com a aproximação do momento da escolha do PDT sobre quem disputará o Palácio da Abolição. A cúpula fala que o "dia D" pode ser ao final de junho, com projeções que estendem este prazo até a primeira quinzena de julho.

Para que esta previsão de paz se concretize, Baquit disse que será importante um pronunciamento de alguém que optou pelo silêncio e por rarear - ou até mesmo zerar - as aparições públicas desde que instaurada crise com o PT. O momento de tensão foi deflagrado após Ciro Gomes dizer, em 3 de maio, que o PT do Ceará "também" tem um "lado corrupto" e que não se submeterá a ele. Ciro defende uma candidatura RC, ao passo que o PT tem maioria inclinada à Izolda. 

"O sentimento da bancada (de 13 deputados) é de que nós temos um líder que se chama Cid Gomes, do PDT. Nós confiamos plenamente na sua condução. Ele que está mais perto de nós, do PDT, nós estamos aguardando, de fato, um posicionamento dele", disse Baquit ao O POVO.

O partido está cindido em duas partes - mais visíveis -, sendo uma delas composta por apoiadores do ex-prefeito Roberto Cláudio e a outra pelos defensores de que Izolda dispute a reeleição. Vários filiados do PDT com mandato compartilham do entendimento de que o processo mais gerou desgaste político do que trouxe benefícios.

"Por incrível que pareça, quanto mais próximo da escolha, as coisas estão se acalmando. Ontem (terça-feira), na realidade, não houve discussão da bancada do PDT. Houve foi um realinhamento para que todos nós possamos estar unidos na defesa do nome que possa vir a ser escolhido pelo PDT", afirmou Baquit. "Se for a Izolda, vamos trabalhar. Se for o Roberto, vamos trabalhar. Se for o Mauro Filho, vamos trabalhar. Se for o Evandro, vamos trabalhar", assegurou.