João Alfredo diz que Psol ficaria "muito mais confortável" em apoiar Izolda do que RC no 2º turno
Para o ex-deputado, a pré-candidatura de Roberto Cláudio é fruto de uma estratégia de Ciro Gomes para não sofrer grande derrota no Ceará nas eleições presidenciais.O ex-vereador de Fortaleza e ex-deputado João Alfredo (Psol) afirmou, em participação no programa Jogo Político, que prefere apoiar Izolda Cela (PDT) do que o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) em um eventual segundo turno contra o principal oponente da oposição no estado: o deputado federal licenciado Capitão Wagner (UB). “Nós ficaríamos muito mais confortáveis em apoiar uma candidatura da Izolda do que a uma candidatura do Roberto Cláudio”, disse no episódio desta terça-feira, 21.
“Votaríamos no Roberto Cláudio contra o Capitão Wagner? Com certeza! Assim como votamos no Sarto. Sem muito entusiasmo, mas votamos”, completou. Ele recorda um episódio “muito simbólico” que o faz rejeitar o nome de RC em um primeiro momento. No caso, a polêmica em torno da construção dos viadutos na região do Parque do Cocó, em 2013, quando RC estava à frente da gestão municipal.
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“O que nós queríamos e a prefeitura não topou foi uma discussão de alternativas. E o Roberto Cláudio só ficou satisfeito no dia que despejou, principalmente os jovens que estavam lá acampados, e colocou o trator em cima de uma área do parque”, argumentou. Ele menciona ainda as vezes em que RC foi homenageado pelo setor da construção civil devido à vinculação dele com essa área.
Na visão de João Alfredo, Izolda representa o oposto de Roberto Cláudio, em razão de seu histórico e dos bons índices de Educação que o Ceará alcançou. “A Izolda, pelo contrário, ela é um nome que vem da área de Educação. Se a gente olhar o governo Camilo, o que ele pode apresentar de positivo é educação e saúde”. Ele diz entender a razão pela qual Camilo apresenta preferência pelo nome de Izolda para concorrer às eleições. “Porque, na verdade, é a defesa do legado do governo dele”, diz.
Segundo Alfredo, a candidatura de Roberto Cláudio, por sua vez, representaria uma estratégia do presidenciável Ciro Gomes. Para ele, Ciro perdeu o “rumo da situação”, e é muito provável que não alcance o segundo turno das eleições. “Ele chegou a um ponto de (pensar) 'pelo menos eu tenho que ganhar no meu estado. A minha aldeia, o meu feudo'. Talvez ele pense assim. E aí precisa de uma pessoa carimbada com o FG (Ferreira Gomes), que é o Roberto Cláudio”, afirma.