Capitão Wagner conversa com governistas e crê se aliar a duas siglas de peso

Pré-candidato a governador mantém portas abertas com quatro partidos de expressão, três deles aliados do governo

O deputado federal licenciado Capitão Wagner (União Brasil) contabiliza três siglas aliadas que, conforme relata, já se comprometeram a apoiá-lo para o Governo do Estado: PTB, Avante e Podemos. Além disso, ele negocia com o PL, do presidente Jair Bolsonaro, e com três siglas importantes da base governista no Ceará: PSD, PP e MDB. A convenção do partido será no último dia do prazo, às 19 horas. As posições de Senado e vice serão parte dessas negociações.

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"Acredito que desses quatro a gente possa trazer dois e, com isso, a gente vai ter uma estrutura de tempo de TV e rádio que vai permitir falar com mais cearenses, apresentar nossa proposta e o plano de governo para mais pessoas", afirmou, em almoço com jornalistas nesta sexta-feira, 17.

Sobre o PSD, uma das maiores forças políticas do Ceará, Wagner reconhece que a maior probabilidade é estar do lado governista, mas considera que pode trazer a sigla para o lado dele no caso de Domingos Filho não ser escolhido vice do PDT.

"O PSD, a gente conversa constantemente. O Domingos é muito claro, não esconde de ninguém que quer ser o vice chapa do governo. Eu acho que é legítimo, pelo tamanho que o partido construiu aqui no Estado do Ceará, pelo número de prefeitos e deputados. Se não houver essa possibilidade do lado de lá, eu acho que há abertura para o PSD vir para o lado de cá. A tendência maior, logicamente, é que ele esteja lá, mas a gente não desiste não. Até o dia 5 de agosto, a gente vai estar aqui de portas abertas."

Sobre o PP, Wagner disse que tem a simpatia da direção nacional, mas o comando estadual — com quem tem interlocução — é autônomo. "Eu converso muito com o AJ (Albuquerque, deputado federal). Com o Zezinho (Albuquerque, deputado estadual e pai de AJ) menos, mas converso bastante com AJ. Converso com a nacional do PP também constantemente, sempre que vou a Brasília em sento com o Arthur Lira (presidente da Câmara), sento com Ciro Nogueira (ministro-chefe da Casa Civil) e o desejo deles na nacional é que o partido esteja conosco. Só que eles entendem a situação local, eles dão muita autonomia para a presidência regional, no caso o presidente do PP aqui no Estado do Ceará, que é o AJ, mas não há qualquer trava para que essa aliança possa acontecer, não."

Presidente

Quanto ao PL, o partido está dividido entre candidatura própria, de Raimundo Gomes de Matos, e apoiar Wagner. O deputado disse ter recebido do presidente Jair Bolsonaro aval para fazer a aliança que seja mais competitiva. "Ele nos autorizou a fazer a melhor composição para viabilizar a vitória aqui para o Governo do Estado. Se, por exemplo, o PL tiver um bom nome que agregue a candidatura para o Senado, que ele venha. Se o melhor for o PL indicar vice, vem o vice. Ou se tiver um cenário melhor com outros partidos, que a gente pode fazer essa composição com muita tranquilidade."

Quanto ao espaço que Bolsonaro, a quem já declarou apoio, terá na campanha, dependerá dos acertos com o partido e ouvindo o marketing da candidatura. "Se o PL vier, a gente vai tratar com o presidente do PL de como a gente vai fazer isso. É lógico que o PL vai querer dar essa expressão e dar essa visibilidade para candidatura do Bolsonaro, até pra fortalecer a chapa de deputados."

Wagner considera ainda que há candidatos a presidente de outros partidos da aliança. Caso de Luciano Bívar, do próprio União Brasil, André Janones, do Avante. No caso de adesão do MDB, há Simone Tebet, com a particularidade de o partido, no Estado, ser apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Dentro de cada partido vai ter essa confusão."

O MDB, de Eunício Oliveira, cogita apoiar Izolda Cela para reeleição, mas resiste a outros nomes do PDT. O próprio Eunício admite concorrer, se o PT apoiar, ou se aliar a Wagner.

Senado

Wagner também costura a situação no Senado. Vários partidos pleiteiam a vaga. O PL tem três pré-candidatos: o vereador Inspetor Alberto, o dono da TV União, José Alberto Bardawil, e o pastor Francisco Fernandes. O Avante apresenta Marcelo Mendes. O PTB também estaria de olho na vaga. "Eu acho que essa definição vai ser muito próxima da convenção", disse.

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