Questionado sobre papel de Camilo na sucessão estadual, RC diz que só falaria sobre Ciro

O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), evitou, nesta quarta-feira, 15, comentários sobre o papel do ex-governador Camilo Santana (PT) na escolha do nome que deve disputar a vaga e sucessão do Governo do Ceará em outubro. Após participação no encontro regional do PDT na capital, o pedetista foi questionado sobre o assunto, mas desconversou ao falar que comentaria somente sobre a pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes à Presidência da República. 

"Eu me comprometi a falar hoje só de um tema, Ciro Gomes para Presidente da República. Só esse. Eu tenho muito fé e confiança que ele chega no segundo turno e que nós vamos chegar forte e vamos dar opção mais forte para enfrentar o Lula ou o Bolsonaro", disse o ex-prefeito

Roberto Cláudio é pré-candidato do PDT ao governo estadual e disputa o posto com outras três lideranças pedetistas. Uma delas é a governadora Izolda Cela (PDT), com a qual o ex-prefeito divide aliados entre integrantes do bloco governista. Partidos aliados, como o PT, ameaçam romper com a aliança estadual caso a atual chefe do Executivo não dispute sua reeleição em outubro. 

Em sua pré-campanha, RC possui um sólido grupo de apoiadores na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), entre eles o presidente da Casa, vereador Antônio Henrique (PDT). Também integram o time o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

Na última semana, Roberto Cláudio divergiu da tese que vem sendo propagada por diversas lideranças do PT do Ceará de que Camilo Santana seria um apoiador de Izolda para disputar a Abolição. Petistas cearenses também reagem à possibilidade do ex-governador ser deixado de fora do processo de escolha da candidatura da base aliada para o Governo do Ceará, reclamação feita pelo deputado federal José Guimarães, em entrevista exclusiva ao O POVO.

Nesta segunda, 14,  Camilo se manifestou sobre o assunto e disse que Izolda possui prerrogativa de se colocar como candidata. "É governadora, ela está no cargo. Parto do princípio de que ela também tem a prerrogativa de… Se coloque, qualquer um que estivesse no lugar dela, assumindo o Governo do Estado, teria a prerrogativa de ir para uma reeleição", afirmou, em entrevista ao Jornal Alerta Geral, na FM Expresso.