Bolsonaro diz a empresário que não "leva jeito" para ser presidente

Mesmo não apresentando provas ou detalhes, o presidente voltou a garantir quie venceu as eleições de 2018 no 1º turno

16:41 | Jun. 14, 2022

Por: Filipe Pereira
Cerimônia de Abertura do 5º Fórum de Investimento Brasil 2022 (foto: Alan Santos)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliou nesta terça-feira, 14, não levar “jeito” para ser presidente do Brasil. Durante declaração para empresários na cerimônia de abertura do 5º Fórum de Investimentos Brasil, o BIF, em São Paulo, o chefe do Executivo disse ter nascido para ser militar e que entrou na política “meio por acaso”. 

“Não podemos dissociar a economia da política. [Eu] não tinha nada para estar aqui. Nem levo jeito. Nasci para ser militar. Nasci para ser militar. Fiquei por 15 anos no Exército. Entrei na política meio por acaso. Passei 28 anos dentro da Câmara, nenhum problema”, disse Bolsonaro. 

O presidente disse que a população escolhe candidatos por meio de um “self-service”. Sem detalhes e provas, Bolsonaro voltou a garantir ter vencido as eleições de 2018 no 1º turno. Nesta segunda-feira, 13, ele chegou a afirmar que o resultado do pleito teria sido alterado por hackers que interferiram no processo. 

“Tem gente melhor que eu? Tem milhares. Mas eleição para presidente em especial é um self-service. É o que tem na mesa. Não adianta pedir camarão se não tem camarão. Quero um cordeiro, não tem cordeiro. É o que está na mesa. Estando na mesa, você tem que escolher o melhor ou o menos ruim. E assim foi feito em 2018. Eu ganhei no 1º turno, mas não vou entrar em detalhes". 

O presidente voltou a criticar as medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de isolamento social para evitar a propagação da Covid-19 durante fase crítica da pandemia em todo o mundo e no Brasil. 

"Quem mandou o povo ficar em casa, não fui eu. Eu tinha poderes pra fechar o Brasil todo. Uma decisão lamentável do Supremo Tribunal Federal tirou de mim a possibilidade de conduzir as questões da pandemia. Apenas dava dinheiro. Decisões que por ventura tomasse, o Estado podia falar: 'Não, não quero. 'Eu quero mais rígida'. E o prefeito, por sua vez, 'eu quero mais rígida'. E eu sempre falei, vamos combater o vírus e preservar empregos", destacou Bolsonaro.