Férias: projeto leva ciência e diversão para a Praça Luíza Távora, em Fortaleza
Ação especial de férias reuniu crianças e adolescentes em brincadeiras lúdicas, gincanas esportivas e experimentos químicosFérias também é tempo de aprendizado. Na sala de aula ou em praça pública, a busca pelo conhecimento pode andar lado a lado com diversão e lazer. A mistura do lúdico com a ciência atraiu a criançada nesta terça-feira, 12, para a Praça Luíza Távora, no bairro Aldeota, em Fortaleza, onde o Complexo de Saúde Emílio Ribas promoveu uma ação educativa especial de férias.
Com brincadeiras, experimentos químicos e oficinas recreativas, a programação transformou o ambiente ao ar livre num verdadeiro laboratório de ciências. A possibilidade de aprender algo novo, mesmo distante da escola, mostrou para crianças e adolescentes que o caminho até o conhecimento pode ser mais divertido do que imaginam.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
O técnico de farmácia Francisco Ribeiro, 46, escolheu a ação como programa de fim de tarde para aproveitar o pouco tempo livre que tem ao lado de suas duas filhas. “Elas estão de férias há quase um mês, mas como eu trabalho em esquema de plantão, nem sempre podemos estar juntos”, contou.
Francisco afirma que procura incluir as filhas em atividades lúdicas sempre que possível por considerar que há um ganho duplo nas atividades que estimulam a sociabilidade. “Ao mesmo tempo que elas [as filhas] aprendem coisas novas, também fazem novos amigos”.
O pai conta ainda que a programação de férias da família tem priorizado visitas a equipamentos de cultura, onde aprendizado e lazer andam de mãos dadas. A família, acrescenta ele, já foi ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, à Biblioteca Pública e ao Museu da Imagem e do Som. O Museu do Caju, em Caucaia, também está no roteiro dos próximos dias.
Com tantas atividades para o período de descanso, a primogênita de Francisco, Ana Bela, 7, diz não sentir saudades da rotina de estudante. “É um pouquinho cansativo, porque eu vou para a escola de manhã, tem que acordar bem cedo”, comenta a pequena. Ela e a irmã, de seis anos, se preparam para retomar os estudos no fim de janeiro.
A odontologista Caroline Dantas, 39, que estava na praça com o filho, diz que o período de descanso dele será mais curto. “Ele volta [para a escola] já na próxima semana. Vim aproveitar esse restinho de tempo. A gente tem que procurar coisas que sejam divertidas, mas que também acrescentem conhecimento”, expressa a mãe ao falar sobre as atividades da ação educativa.
O cardápio de atividades incluiu desde gincanas esportivas como “cabo de guerra” até experimentos químicos que ensinaram aos pequenos conceitos sobre densidade relativa dos gases e produção caseira de dióxido de carbono, composto essencial para a manutenção da vida no planeta.
A coordenadora do setor de educação do Instituto Emílio Ribas, Natália Velloso, ressalta que o foco da ação é aguçar o interesse pelo conhecimento nas crianças no período em que elas estão acostumadas e não dar tanta atenção a isso por estarem longe das salas de aula.
“Trazer essas crianças, que durante o período de férias poderiam estar em casa usando equipamentos eletrônicos, para um ambiente aberto, para estimular a socialização, o desenvolvimento cognitivo e motor proporciona muitos ganhos e estimula nelas a proatividade”, destaca.
As atividades educativas fazem parte do projeto “Cachola”, que mistura ciência e brincadeiras lúdicas com o objetivo de tornar o acesso ao conhecimento mais agradável para o público infantojuvenil. Ainda neste mês, a iniciativa promove a oficina “lancheira escolar”, cujo foco é ajudar os pais a monitorar os hábitos alimentares dos filhos durante o período letivo.