Ano Novo em março? Na astrologia, 2025 começa agora; entenda data
O Ano Novo Astrológico de 2025 começa em meio à eclipses, com Vênus e Mercúrio retrógrados e um forte chamado para revisão e transformação
No dia 20 de março de 2025, às 6 horas e 2 minutos da manhã (horário de Brasília), aconteceu o ingresso do Sol em 0° de Áries, marcando o início do Ano Novo Astrológico e também o Equinócio de Áries, que traz o Outono para o Hemisfério Sul e a Primavera para o Hemisfério Norte.
Quando falamos em “Ano Novo”, logo pensamos no 1º de janeiro, em fogos de artifício e calendários. Mas existe um outro tipo de ano novo, marcado não por convenção social ou cultural, e sim por um evento natural: o ingresso do Sol a 0° de Áries.
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Segundo o astrólogo Thiago Valentim, fundador do Astromante, “este é um acontecimento que atravessa séculos, civilizações e crenças — porque não depende de fé ou tradição para existir. É um fenômeno celeste, objetivo e físico: o Sol alcança um ponto-chave na sua jornada anual, sinalizando não só uma nova etapa no céu, mas também um novo ritmo na Terra”.
E em 2025, esse renascimento traz nuances muito particulares. “Estamos começando o ciclo entre dois eclipses, com Vênus e Mercúrio retrógrados em Áries, e com o Sol em conjunção a Netuno no último grau de Peixes. É um ano novo carregado de significados cósmicos e simbólicos”, destaca Valentim.
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Ano Novo em março: o Sol em Áries e o equinócio
A cada ano, quando o Sol cruza o grau zero do signo de Áries, também conhecido como ponto Vernal, ele marca o Equinócio: momento em que o dia e a noite possuem a mesma duração. No Hemisfério Norte, ele sinaliza a chegada da Primavera, trazendo imagens de renascimento e fertilidade.
“Astrologicamente, Áries é o primeiro signo do Zodíaco, o arquétipo do início, do impulso vital, da faísca que dá partida ao ciclo. Mas independentemente da simbologia astrológica, o ponto mais importante é: não é preciso acreditar na astrologia para que este evento exista e influencie ritmos naturais e culturais. Ele está registrado no movimento do próprio céu”, explica Valentim.
Ano Novo em março: povos que já sabiam disso
Muito antes dos relógios, calendários modernos ou sistemas religiosos, diversas culturas ao redor do mundo observavam os solstícios e equinócios como marcos fundamentais. Esses momentos solares eram vistos como portais de mudança e, muitas vezes, celebrados com rituais de conexão com a natureza e com o tempo.
Alguns exemplos:
- Egípcios: veneravam Rá, o deus Sol, e alinhavam templos e pirâmides com os movimentos solares.
- Babilônios: celebravam o Akitu, um festival de ano novo na primavera, marcando a renovação da ordem cósmica.
- Celtas: honravam o equinócio através dos sabás, especialmente Ostara, que simbolizava equilíbrio e fertilidade.
- Maias e Incas: construíram monumentos alinhados com os solstícios e equinócios, como Machu Picchu e Chichén Itzá.
- Povos indígenas das Américas: seguiam o calendário solar para rituais agrícolas e de caça, sempre atentos aos sinais do céu.
Até hoje, culturas como a persa celebram o Nowruz, um ano novo baseado justamente no equinócio de março.
“Ou seja, esse marco sempre foi observado e celebrado, independentemente de crença. Ele não depende da sua fé, depende do Sol”, enfatiza Valentim.

O Ano Novo astrológico de 2025 em março: entre eclipses
O detalhe que torna 2025 ainda mais especial é que este Ano Novo acontece entre dois eclipses:
- Eclipse Lunar em 14 de março
- Eclipse Solar em 29 de março
O astrólogo faz uma analogia de que ciclo entre eclipses é como atravessar uma ponte em meio à neblina. Os eclipses são momentos de instabilidade, interrupção e revelação. Eles funcionam como pontos de virada; aquilo que não serve mais pode ser ofuscado, e aquilo que precisa emergir ganha força.
“Este início de ciclo entre um eclipse lunar (que traz encerramentos) e um eclipse solar (que planta novas sementes) sugere um ano onde muitos encerramentos acontecem antes que algo realmente novo possa nascer. É um convite para repensar, soltar velhos padrões e abrir espaço para novas configurações.”
Ano Novo em março: Vênus, Mercúrio e a Lua
Além dos eclipses, o mapa do momento da entrada do Sol em Áries traz outros ingredientes importantes:
Mercúrio retrógrado em Áries
Mercúrio, planeta da comunicação e dos processos mentais, estará em movimento retrógrado em Áries durante este ciclo. Isso aponta para um ano onde as ideias, decisões e iniciativas exigem revisão. A pressa ariana precisará ser contida; será preciso pensar antes de agir, revisar antes de avançar.
Vênus retrógrada em Áries
Vênus, planeta dos valores, relações e afetos, também estará retrógrada em Áries. Este aspecto convida a revisitar nossas relações pessoais e nossas prioridades afetivas.
"O que realmente vale nosso desejo? Como estamos conduzindo nossas escolhas em termos de prazer e harmonia? Haverá uma revisão do que, de fato, nos motiva e satisfaz", pontua Thiago Valentim.
Lua em Sagitário
A Lua no momento do Ano Novo estará em Sagitário, signo associado à expansão, fé e busca por sentido. Ela traz uma leveza e um otimismo em meio a um céu mais denso, sugerindo que, mesmo em tempos de revisão e ajustes, manter uma visão ampla e direcionada ao futuro será essencial.
Sol conjunto a Netuno: o fim de um sonho
Outro aspecto marcante enfatizado pelo astrólogo: o Sol ingressa em Áries em conjunção com Netuno, que está no último grau de Peixes.
“Netuno é o planeta das ilusões, dos sonhos, da espiritualidade e das dissoluções. Ele vem fechando um ciclo no signo de Peixes, e essa conjunção indica que antes do renascimento ariano, é necessário encarar o que precisa ser entregue, dissolvido ou purificado.”
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Ano Novo em março: "um início entre céu e terra"
O Ano Novo Astrológico de 2025 não é apenas um marco simbólico, mas um reflexo dos ciclos naturais que sempre influenciaram a humanidade. Para Thiago Valentim, “não se trata de acreditar ou não. Ele simplesmente acontece”.
Desta vez, o início do ciclo acontece entre eclipses e sob a influência de planetas retrógrados. “Vênus e Mercúrio pedem revisão, enquanto a conjunção do Sol com Netuno sugere um período de desapego antes de novos começos”, explica o astrólogo.
Mais do que um impulso imediato, 2025 traz um convite à observação. “É um ano para olhar o céu, os ciclos e os próprios movimentos internos antes de agir.”
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