BBB 25: Globo aposta em publicidade e ignora baixa aprovação do reality

Anúncio da nova edição do Big Brother Brasil surpreende público com a decisão de manter formato original de pipocas e camarotes

14:09 | Out. 08, 2024

Por: Raquel Aquino
BBB 25 aposta em contratos comerciais (foto: Reprodução/TV Globo)

Todo fim de ano, uma mesma certeza: o anúncio das novidades do Big Brother Brasil. Para 2025, havia a expectativa de uma mudança geral no formato do reality, principalmente em razão da saída de Boninho, que dirigia o programa.

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Conforme o colunista Gabriel Vaquer, do F5, a Globo começou a anunciar como será o BBB 25 ao mercado publicitário. Entre as novidades, nenhuma. Apenas a oficialização de Rodrigo Dourado, que já foi diretor artístico do reality, na direção-geral.

A expectativa da emissora é conseguir, no próximo ano, fazer do Big Brother Brasil um grande sucesso comercial, ainda maior que nos anos anteriores. Ou seja, mais propagandas e eventos de marketing dentro do reality.

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Desta forma, temos o pior dos cenários para quem é telespectador: subcelebridades na televisão (grupo “Camarote”), o comando “capenga” de Tadeu Schmidt e as provas megalomaníacas de patrocinadores. O BBB tem se tornado, a cada ano que chega, ainda mais publicitário e menos divertido.

O público que gosta de reality show e foi fã de BBB em suas antigas temporadas sente falta do simplificado e do “basicão”, como provas de resistência tais quais a de 16 pessoas em um fiat. Ou a de se vestir de esponja e lavar um prato gigante com detergente caindo na cabeça. Ou ainda descer de cabeça para baixo numa tirolesa presa por uma super colar!

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É cansativo assistir provas que duram horas para acontecer porque, a cada participante, é necessário reorganizar a megaestrutura da Sadia com calabresas gigantes. Faz falta também um jogo da discórdia com participantes brigando no sofá, já que agora, até para discutir, são necessários roletas, alvos, passa e repassa, entre mil outras invenções.

O que potencializa tudo para virar uma grande bagunça é o comando do programa com Tadeu Schmidt, que é um apresentador fofo e pouco firme, com costume de “passar a mão na cabeça” dos confinados. Cadê a bronca? Para onde foram os discursos instigantes, quase exagerados?

Para além da decoração ultra colorida, o exagero visual nas dinâmicas patrocinadas incomoda bastante. Não temos mais a quase humilhante Prova da Comida, porque as marcas de alimentação querem estar no programa e fazer um banquete para a galera. Pouca diferença faz estar na Xepa ou no VIP, sempre há um churrasco, ovos de páscoa, presunto levíssimo, guaraná, feijoada etc. Onde estão os desafios?

Está chato e vai continuar. Mas que venham os próximos “influenciadores digitais” para montar um hambúrguer gigante enquanto leem todos os bordões dos patrocinadores.