Domingão: Vyni reencontra avó e recebe elogios: "Trajetória linda"

Durante participação no Domingão com Huck, Vyni também recebeu depoimento do humorista Tirulipa

18:23 | Mar. 20, 2022

Por: Lara Montezuma
Convidado do Domingão com Huck, o cearense Vyni reencontrou a avó no palco (foto: Reprodução/TV Globo)

O cearense Vyni, eliminado da semana do Big Brother Brasil, participou do Domingão com Huck neste domingo, 20 de março. Eliminado com 55, 87% dos votos, o bacharel em direito e influenciador digital reencontrou a avó no palco da atração, recebeu depoimento do humorista Tirullipa e elogios de convidados como Tia Má e João Vicente de Castro.

"Eu vi uma coisa na sua trajetória que é uma palavra que se chama expectativa. Foi um acordo que você não participou, mas você entrou, de fato, no Big Brother como a maior estrela do BBB 22, mas você não disse que você seria", afirmou João Vicente, destacando que o cearense não precisa se desculpar pelo desempenho na atração global. O ator completou: "Você não deve nada a ninguém, sua trajetória é linda", completou.

Vyni também falou sobre a amizade com Eliezer. "Eu não vou estar aqui terceirizando culpa para ninguém. Afinal, o único responsável por se fazer brilhar ou se fazer apagar somos nós mesmos. Tudo é baseado nas decisões e na importância que a gente dá ao outro", refletiu Vyni.

"Não estava acostumado a ser gostado"

Em dois meses de programa, Vyni experienciou o turbilhão de emoções proporcionado pela vivência. “Estou em um mix de tristeza, saudade e alegria. Penso que poderia ter feito diferente, porque me fechei, mas fui acolhido”, disse em entrevista exclusiva ao O POVO.

Natural do Crato, no Cariri, Marcus Vinicius Fernandes de Sousa tem formação em Direito, mas se autodenominava "influencer de baixa renda" até integrar o elenco do grupo Pipoca no BBB 22. "Eu cheguei no meu auge, mas deixei ser ofuscado, me apaguei dentro da casa. Toda aquela situação nova me deixou intimidado, cheguei muito querido, com vários corações no queridômetro (ferramenta eletrônica do BBB), e não contava com isso. Quando você não tem atrito direto com ninguém, fica difícil indicar para o paredão, justificar um voto, a gente sabe que isso não é bem visto porque é um jogo, as pessoas tendem a lhe chamar de planta", conta.

Em conversas com os outros brothers, Vyni afirmou que assumiu sua sexualidade para a família pouco antes de entrar no programa e compartilhou relatos de  ataques homofóbicos. "Eu não estava acostumado a ser gostado, mas a ser detestado, apontado, julgado e menosprezado. Fiquei sem saber o que fazer".

O participante relata que o humor sempre foi utilizado como mecanismo de defesa e empoderamento, visto que tinha problemas em relação à aparência. "Eu tirava onda comigo mesmo, para não sair magoado se alguém me machucar. Também sempre me colocava em segundo plano e percebi que precisava consertar. Mas não é uma coisa que acontece de um dia pro outro", comenta.

Em seu último discurso no reality, Vinicius pontuou que o programa o auxiliou na trajetória de amor próprio. "Li várias pessoas falando que eu prometi tudo e entreguei nada, eu queria ser o Vyni da eliminação. Mas lá dentro você não pode se dar ao luxo de ficar introspectivo, custou para me mostrar completamente. Eu sou aquela pessoa do primeiro e do último dia, da última festa".

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Apesar da eliminação, Vyni afirma que o feedback - de mais de quatro milhões de seguidores - apresentou um leque de possibilidades para o futuro. "Por ter me amado, me aceitado, eu vejo o que sou capaz de fazer. Eu quero compensar aqueles momentos introspectivos aqui fora", garante.

Ainda é cedo para ditar novos rumos, mas ele pretende explorar a área artística, um sonho antigo. "Nunca tive condição financeira para me dedicar, agora quero delimitar algo e focar naquilo. Estou aberto para esse mundo que sempre sonhei, mas nunca pude participar. O muro caiu e estou disponível, seja para teatro, televisão, música".

Uma coisa é certa: independente do caminho, Vyni seguirá levando a bandeira do Nordste. "Quero estampar minhas origens no peito e no coração de uma maneira visível, eu sinto que estou trazendo um pedacinho do meu Cariri", desenvolve.

Ele deve chegar à cidade natal ainda neste fim de semana, onde pretende revisitar a família, sua maior saudade. "Depois é trabalho. O meu maior orgulho é representar meu Ceará, meu Cariri, meu Nordeste. A cultura do Brasil precisa ser valorizada e vista, é um prazer enorme estar representando de alguma forma. Não no jogo, porque aí já vimos que eu sou uma tragédia, mas em viver eu sou profissional. É uma honra dizer que eu represento meu lugar e levo minhas raízes".

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