Advogada de Nego Di é demitida após postar foto com o influenciador
Tatiana Borsa deixou o caso após publicação feita na noite de quarta-feira, 27; ação teria desrespeitado medidas cautelaresA advogada Tatiana Borsa, que integrava a equipe de defesa do humorista Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi demitida após uma publicação nas redes sociais comemorando a soltura do influenciador.
A postagem ocorreu na noite da última quarta-feira, 27, e mostrava a advogada realizando um brinde com o humorista, com a legenda: “Como esperamos para postar este retrato”.
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Réu por estelionato e lavagem de dinheiro, o influenciador teve a liberdade provisória concedida e deixou a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) no mesmo dia em que ocorreu a publicação. Ele estava preso desde julho deste ano.
Segundo a decisão do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, entre as medidas cautelares impostas está a "proibição de frequentar/usar redes sociais". Com o perfil do humorista desativado, a postagem da advogada pode ter violado as regras da Justiça, o que agrava juridicamente a situação de Nego Di.
Na imagem, Tatiana aparece ao lado da também advogada Camila Kersch, que passa a responder sozinha pela defesa. Outros registros da noite, compartilhados por Gabriela Sousa, esposa de Nego Di, mostram o humorista tocando pagode. Com a repercussão, todas as imagens foram retiradas das redes sociais.
De acordo com a atual defesa de Nego Di, a destituição da advogada "foi uma decisão do cliente, externando seu descontentamento pela postagem sem autorização e pela conduta dela após a repercussão negativa do fato".
Possibilidade de retorno à prisão
Após a repercussão, o Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul avalia se o influenciador quebrou a medida cautelar estabelecida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao aparecer nas publicações nas redes sociais.
Caso a Justiça declare que a exigência não foi respeitada, o influenciador pode retornar para a prisão.
Além da proibição do uso das redes sociais, Nego Di deve cumprir outras medidas cautelares, como comparecer periodicamente em juízo para justificar suas atividades e a proibição de mudar de endereço sem autorização judicial, assim como se ausentar da comarca sem prévia comunicação ao juízo.
Relembre o caso de Nego Di
Segundo o Tribunal de Justiça, Dilson Alves e seu sócio, Anderson Boneti, teriam lesado mais de 370 pessoas com vendas pelo site Tadizuera entre 18 de março e 26 de julho de 2022.
A apuração da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas ao influenciador na época ultrapassa R$ 5 milhões.
Usuários relataram que compraram produtos como celulares e eletrodomésticos na página virtual, mas nunca receberam as mercadorias ou a devolução dos valores investidos.