Criador da banda Cidade Negra ganha processo contra Globo
Após denúncia de suposto crime de suborno do cantor Da Ghama, Globo perde ação judicial e deve cerca de R$ 10 mil ao ex-integrante do grupo Cidade Negra
O músico Paulo Roberto da Rocha Gama, conhecido como Da Ghama, venceu um processo movido contra a Globo. Um dos fundadores da banda de reggae Cidade Negra deve receber cerca de R$ 10 mil como indenização.
O processo corre no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP ) e iniciou em 2022, após uma reportagem do Fantástico exibir acusações de Toni Garrido e Bino Farias, membros do Cidade Negra, contra Da Ghama.
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No material produzido pelo programa, o cantor foi acusado de tentar subornar uma gravadora para obter benefícios na seleção de suas músicas para trilhas de novelas de diversas emissoras, além de afirmar que Bino e Toni divulgavam as canções como se fossem apenas dos dois.
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Além da Globo, Bino Farias e Toni Garrido foram processados. Os dois músicos negaram envolvimento nas acusações e garantiram que a responsabilidade era apenas da empresa.
Globo deve pagar R$ 10 mil por danos morais
Analisado pelo juiz Rafael Vieira Patara, da 3ª Vara Cível do TJ-SP, a Globo constrangeu Da Ghama ao acusar sem comprovar os fatos. Para Vieira, os ex-parceiros de banda não são culpados pela reprodução da reportagem.
O juiz determinou que a emissora pague uma indenização por danos morais de R$ 10 mil. Além disso, foi solicitado a remoção da reportagem do ar em plataformas digitais.
Da Ghama e Cidade Negra
Da Ghama foi um dos fundadores do Cidade Negra em 1986. Após divergências com os atuais membros, especialmente o vocalista Toni Garrido, o cantor saiu da banda em 2008.
Em 2019, ele tentou o registro da marca Cidade Negra no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Tentativa sem sucesso, pois a marca já tinha sido concedida a Toni Garrido.
Logo depois, ele fundou o projeto Originais Cidade com ex-integrantes de Cidade Negra: o vocalista original Ras Bernardo e o baterista Lazão.