Comercial com Grazi Massafera é criticado por uso de caju invertido

Campanha da marca L'Occitane au Brésil, estrelada por Grazi Massafera, foi alvo de críticas e piadas por usar um caju virado de ponta-cabeça

Uma peça publicitária estrelada pela atriz Grazi Massafera tem repercutido nas redes sociais nos últimos dias - entretanto, provavelmente não da forma como os criadores imaginaram. No comercial da marca de cosméticos L’Occitane au Brésil, um caju está colado de “ponta-cabeça” em uma árvore que não é um cajueiro. Entre críticas e piadas, o vídeo foi alvo de diversos comentários.

A campanha, intitulada “É Tempo de Caju na Pele”, foi veiculada originalmente em 3 de outubro, mas passou a ser alvo massivo de críticas nos últimos dias, quando um perfil no X (antes conhecido como Twitter) publicou o trecho em questão. No vídeo, o caju está preso pela castanha e não pela ponta da fruta. Além disso, há um fio de nylon segurando o caju.

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“Quando as empresas do sudeste tentam falar do nordeste dá nisso: O caju nascendo no pé de amora pela castanha (???)”, pontuou uma internauta. “O caju está na época. Cheio de árvore carregada. E os ‘caras’ me fazem isso. Caju preso pela castanha. Preso com fio de nylon. Numa amoreira!”, criticou outro perfil.

A situação provocou pronunciamento do Instituto Caju Brasil (ICB), organização não governamental voltada para o “desenvolvimento sustentável em atividades do setor rural e agroindustrial e com foco principal em capacitação na cadeia de valor da cajucultura”.

“Representando mais de 190 mil famílias da Cajucultura, nossa indignação à falta de cuidado e pesquisa no lançamento da campanha. O setor já vive diversos problemas e ter a identidade descaracterizada enfraquece ainda mais nossa cultura alimentar”, publicou o ICB no X.

Em entrevista para a Rádio O POVO/CBN, Maurício Campos, diretor administrativo de projetos e eventos do ICB, explicou a reação do instituto: “A gente se manifestou porque a gente identifica o caju como uma representação cultural do povo nordestino - e lembrando que a gente está representando milhares de produtores em todo o Brasil, não só no Ceará”.

Caju invertido foi escolhido para “tornar a estética mais lúdica”

Diante da repercussão negativa da campanha, a L’Occitane au Brésil afirmou que o “time criativo e a produção executiva escolheram não seguir a estética real do fruto, colocando-o pendurado pela castanha e não em sua árvore nativa, para tornar a estética mais lúdica”. A nota foi enviada ao portal F5.

De acordo com a empresa, o time de marketing adotou o “tom de voz leve, bem-humorado e descontraído da identidade da marca” e seguiu com o vídeo para aproveitar a estética lúdica para causar estranhamento, “o que poderia gerar maior engajamento nas redes sociais”.

A L’Occitane au Brésil também afirmou que “homenageia e celebra a cultura e flora brasileira, sempre próxima de todas as etapas do processo de produção e das pessoas envolvidas nele”. A marca ainda resgatou que atua em Apodi (RN) em parceria com a Cooperativa Potiguar de Agricultura e Desenvolvimento Rural Sustentável (Coopapi), que fornece “carne de caju”, resíduo de polpas que contribui para a renda dos cooperados a partir da comercialização.

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