Rafa Uccman revela interesse na TV e inicia curso na escola Wolf Maya

Em entrevista exclusiva ao Vida&Arte, o influenciador Rafa Uccman revela estar fazendo curso na Escola de Atores Wolf Maya

15:15 | Jul. 28, 2023

Por: Ana Louise Gadelha
Rafa Uccman fala sobre início na internet e novos planos (foto: Reprodução/Instagram)

Referência na criação de conteúdos de humor e cotidiano, Rafa Uccman é destaque entre os influenciadores brasileiros. Ele já acumula mais 20,4 milhões de seguidores nas redes sociais (9,9 milhões no Instagram, 6 milhões no Tik Tok e outros 4,5 milhões no Twitter).

Nascido em Fernandópolis, no interior de São Paulo, Rafa começou a carreira como "colírio" da Capricho – adolescentes selecionados pela revista teen como os queridinhos das leitoras. Com um humor característico e audiência engajada, ele ganhou notoriedade no Snapchat e no Instagram com vídeos engraçados sobre o dia a dia e relacionamentos amorosos.

A criatividade na produção de conteúdos para suas redes sociais conquistou a confiança de grandes marcas, como Beats, Avon, Tim, Magalu e Comfort. O influenciador também se lançou nas carreiras de modelo e, mais recentemente, apresentador de podcast.

Em 2022, criou o "PocCast" – programa de entrevistas veiculado no YouTube e nas plataformas de áudio – ao lado do amigo e também influenciador digital Lucas Guedez. Juntos, eles entrevistaram nomes do entretenimento do País para o videocast que tem mais de 680 mil inscritos no canal do YouTube e 540 mil seguidores no Instagram.

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Confira entrevista feita pelo Vida&Arte com Rafa Uccman:

O POVO: Tendo iniciado a carreira como colírio da Capricho, como você lembra deste período de sua vida e como surgiu o convite para estar na revista?

Rafa: Esse período da Capricho foi muito engraçado! Eu lembro que foi um dos primeiros portais a dar a possibilidade de se cadastrar para fazer parte do blog deles e, quando eu vi essa oportunidade, acabei me inscrevendo e deu certo! Ser colírio da Capricho naquela época era o auge. Quem saía na Capricho lotava 10 perfis do Orkut, tinha um monte de seguidores no Twitter, era bizarro. Então, na verdade não surgiu nenhum convite, era uma inscrição mesmo. Eu me cadastrei, mas também era uma coisa muito solta, porque eles falavam que você tinha passado, mas não tinha quando nem onde iria rolar. O bom foi que acabou dando certo.

O POVO: Muitos seguidores ficam surpresos quando lembram de sua época na Capricho. Como foi para você migrar da revista para as redes sociais e de que forma lidou com a reformulação da imagem?

Rafa: Essa reformulação de imagem foi muito orgânica, porque eu não pensei que linha queria seguir. Só fui vivendo e os meus seguidores foram se adaptando. Tinha gente daquela época que acabou ficando, porque estava gostando do humor, mas eu nunca fiz um um rebranding, na verdade nem sabia o que era isso, foi tudo muito orgânico.

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O POVO: Anos depois, você acabou se tornando uma das pessoas mais mencionadas quando o assunto era conteúdo de humor e dia a dia. Como foi ganhar essa notoriedade no Snapchat e no Instagram? Você já pensava em trabalhar com o ramo digital ou foi algo espontâneo?

Rafa: O Snapchat, na verdade, não era uma rede social para criação de conteúdo, mas as pessoas que faziam isso acabavam ganhando um destaque. Como essa rede social seguia a linha do que são os stories do Instagram hoje em dia, de sumir em 24 horas, eu acabei deixando o meu perfil aberto, criava conteúdo ali e ia subindo. Na época, eu não conseguia nem saber quantos seguidores tinha, só conseguia ter uma média de visualizações. Em um momento, vi que tinha entre 300 e 400 mil visualizações e pensei ‘gente, imagina quantos seguidores eu tenho?’ Logo depois, acabei migrando para o Instagram e, na verdade, eu não via como trabalho porque, naquela época, era uma fatia de bolo muito pequena. A gente entendia como influenciador e como blogueira quem tinha um blog, como por exemplo, a Tássia e o blog das Garotas Estúpidas, mas dentro do meu nicho não tinha ninguém. Eu comecei fazendo por hobby mesmo, mas na hora que eu me toquei já tinha virado trabalho. Fui me profissionalizando, achando agência e me encontrando nesse segmento.

O POVO: Você é uma das pessoas da comunidade LGBT+ mais seguidas no Instagram. Quais desafios envolvem essa realidade e o que você mais gosta de poder trabalhar como influenciador?

Rafa: Ser influenciador é uma tarefa que exige bastante responsabilidade, porque tudo que nós somos e fazemos é exposto. Mas, no geral, vejo tudo com muita leveza. Meu conteúdo é principalmente de humor e coisas que vivencio no meu dia a dia, então hoje tenho muito orgulho de ter construído a minha carreira do meu jeito e de poder me expressar. Se isso inspira as pessoas a também serem quem elas são, é incrível.

O POVO: O que é essencial para você trabalhar com uma marca?

Rafa: Acho que os fatores essenciais para trabalhar com uma marca são: a liberdade criativa, a marca estar de acordo com as coisas que eu acredito, atingir todos os tipos de públicos e que seja acessível para as pessoas que me seguem também. Uma das coisas mais importantes é a liberdade criativa, principalmente porque a marca te contrata exatamente pelo o que você é. Então não rola se, na hora, eles querem que eu faça algo que não me representa. Essa liberdade, para mim, é essencial.

O POVO: Para somar com as redes sociais, você se aventurou na criação do Podcast. Foi um desafio no início? Como surgiu a ideia?

Rafa: Foi um desafio no começo, porque a gente não tinha vivência. É complicado, às vezes, fazer um ao vivo, porque nós temos que lidar com a insegurança da pessoa de falar alguma coisa errada. A gente também fica nervoso, tem que estar sempre presente e ouvir o que o convidado está falando, porque é diferente de um programa de entrevistas que você tem 10 perguntas para acompanhar. O podcast é uma coisa fluida, então você pode seguir uma linha do tempo, pode falar com o convidado sobre as coisas que estão ali pautadas no release, mas não tem como fazer pergunta do nada, precisamos ouvir o que a pessoa está falando e tirar alguma pergunta dali. Então, temos que ser muito rápidos, criativos e presentes e, se for assim, é bem gostoso. A ideia surgiu porque nós vimos que tinham muitos podcasts, mas ainda não tinha nenhum estourado apresentado por dois gays. O Lucas sugeriu que a gente se juntasse, porque somos amigos, moramos juntos e conhecemos as mesmas pessoas. A gente decidiu usar isso para promover o projeto e foi aí que surgiu o podcast.

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O POVO: Para além do Podcast, pensa em iniciar novos trabalhos relacionados ao meio digital? Por exemplo, um show de stand-up?

Rafa: Adoro o humor, mas show de stand up não é bem a minha praia. Mesmo assim, acho que é muito incrível e, por isso, não descarto a ideia. Quem sabe um dia, não é? Atualmente, estou estudando, fazendo o curso do Wolf Maya, porque quero me jogar na TV. Inclusive, estou gravando alguns projetinhos e em breve poderei falar mais sobre! Posso adiantar que eu quero ir para esse lado, me aventurar em outras áreas e sair da minha zona de conforto.

O POVO: Você também ganha destaque quando o assunto é moda. Como surgem as inspirações para os looks? Sempre se considerou uma pessoa estilosa e vaidosa?

Rafa: Quando o assunto é moda, sempre escolho me vestir como eu gosto, com peças que fazem eu me sentir bem e valorizam o meu corpo. Não tenho muita notoriedade para falar do assunto, porque eu não sou um expert e não consumo tanto. Eu, por exemplo, não sei nada sobre as tendências da semana de moda! Eu realmente só visto o que eu gosto e, às vezes, quando eu tenho algum evento especial, conto com a ajuda de um stylist, que trabalhou e estudou aquilo e tem muito mais experiência do que eu. Por sinal, eu nunca me considerei uma pessoa estilosa, muito pelo contrário! Eu estou sempre vestido com aquela ‘roupa de ir ali’, sabe?

O POVO: De que forma enxerga sua sexualidade e como gosta de ser visto pelas pessoas?

Rafa: Sobre a minha sexualidade, posso dizer que sou gay e, em relação ao gênero, acredito que eu tenha um estilo mais fluido. Não me considero uma drag queen nem uma mulher trans.

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