7 hábitos que prejudicam a saúde da pele no inverno
A queda de temperatura do inverno, aliada aos maus hábitos com a skincare, pode trazer sérios prejuízos à saúde da pele. Isso porque, devido ao frio, erroneamente muitas pessoas costumam se descuidar com a hidratação e a alimentação nesta época do ano, que naturalmente costuma ressecar a pele. Considerando isso, a médica dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica quais erros você deve evitar para manter a pele bonita e viçosa. Veja!
1. Não passar protetor solar
A radiação ultravioleta, mesmo no inverno, causa fotoenvelhecimento e possíveis manchas. “O fotoenvelhecimento inclui flacidez, além de, a longo prazo, pode causar câncer de pele. Mesmo no inverno dentro de casa, o uso do protetor solar é fundamental. A radiação ultravioleta atravessa vidros e tecidos finos (cortinas) e pode atingir a pele da mesma forma”, explica a Dra. Paola Pomerantzeff. Quem tem melasma deve se preocupar ainda mais, contando com filtros que protejam contra o calor e a luz visível.
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2. Esquecer os cremes hidratantes
Com as temperaturas mais baixas e o ar mais seco, a pele tende a ficar mais ressecada, segundo a dermatologista. “Ela pode, inclusive, ficar avermelhada e com descamação. Isso porque nossa pele passa a produzir menor quantidade de ‘oleosidade natural’. Esse ressecamento deve ser compensado pela hidratação intensa”, afirma.
Ainda de acordo com a Dra. Paola Pomerantzeff, por causa do ressecamento, há mais chances de aparecimento de linhas finas. “Os melhores hidratantes possuem ácido hialurônico de baixo peso molecular (moléculas pequenas que conseguem atravessar a barreira da pele e penetrar nas camadas mais internas da pele para hidratação)”, recomenda.
Também está fora de questão esquecer o creme para área dos olhos, ainda mais nesse período em que os resfriados tendem a deixar o rosto mais “fadigado”. Ainda sobre a hidratação, não devemos jamais esquecer a pele dos pés, das mãos e do corpo no geral.
“Nosso corpo tem menos glândulas sebáceas que o nosso rosto e, por isso, resseca ainda mais. Pescoço e colo podem e devem receber o mesmo hidratante e protetor da face, assim como as mãos. Já no restante do corpo, devemos usar um hidratante corporal que deve ser aplicado após o banho, diariamente. Os pés podem ser hidratados com cremes específicos (ainda mais potentes, quando necessário)”, explica a Dra. Paola Pomerantzeff.
3. Utilizar retinoides em excesso
Os retinoides são excelentes para tratar a pele e prevenir o fotoenvelhecimento, segundo a dermatologista. “Eles promovem renovação celular, uniformização da tonalidade e melhora da textura. Como causam fotossensibilidade da pele, o outono e o inverno são excelentes épocas para serem utilizados”, afirma.
No entanto, é preciso cuidado ao utilizá-los, pois costumam ressecar a pele. “Se forem usados sem orientação, de forma exagerada, podem levar ao ressecamento extremo, inclusive com irritação e vermelhidão da pele. O ideal é procurar orientação dermatológica para saber qual a concentração do ativo e frequência ideais para a sua pele”, diz a médica.
4. Tomar banho muito quente
O banho “pelando” no inverno, estilo “sauna”, é uma delícia, mas pode causar danos à saúde da pele. “A água quente retira a barreira de proteção da pele, o manto lipídico, ainda mais se houver exagero no uso de sabonete. Portanto, o ideal é um banho morno e rápido! Você pode demorar na hidratação após o banho, isso sim”, diz a Dra. Paola Pomerantzeff.
5. Beber pouca água
No frio, muitas pessoas não sentem sede e acabam diminuindo a ingestão de água. “Isso é muito ruim. Devemos manter a hidratação hídrica de pelo menos 2 litros de água por dia. Se o nosso organismo fica desidratado, retira água da periferia (até mesmo da pele) para compensar. Com isso, nossa pele acaba desidratada e sem viço. Os lábios também podem ficar mais ressecados”, relata a dermatologista.
6. Abusar das bebidas alcoólicas
É comum aumentar o consumo de vinhos e até destilados no inverno, contudo o excesso de bebidas alcoólicas é perigoso e leva à desidratação do organismo como um todo. “O excesso de álcool leva a um processo inflamatório na pele com a possibilidade de envelhecimento precoce (surgimento de rugas, flacidez e diminuição do colágeno)”, expõe a especialista.
Mas a dermatologista também explica que não é preciso ficar 100% sem bebida alcoólica. “Uma taça de vinho tinto por dia está liberada desde que acompanhada de um copo de água. Dessa maneira, mantemos a hidratação e ingerimos antioxidantes naturais do vinho (resveratrol) e relaxamos. Os antioxidantes do vinho são capazes de combater os radicais livres da pele. Nossa pele agradece”, afirma a Dra. Paola Pomerantzeff.
7. Comer muito doce
No inverno, as pessoas costumam ingerir mais doces. “E, ultimamente, tem muita gente descontando a ansiedade na alta ingestão de açúcar e, com isso, a pele está sofrendo. Alimentos com alto índice glicêmico levam ao processo conhecido como glicação. Nesse processo, as fibras de colágeno sofrem alterações maléficas. O resultado é uma pele mais flácida e enrugada”, informa a profissional.
Segundo a dermatologista, uma alternativa para evitar os excessos com doce são os chocolates 70% cacau. “Esse chocolate tem menor índice de açúcar e gordura e apresenta alta concentração de cacau, que é um poderoso antioxidante natural. Ele faz bem para nossa pele, desde que consumido com moderação”, explica a especialista.