Joelma é intimada a pagar fortuna de indenização em Recife; entenda

Cantora recebeu intimação judicial durante vinda ao Recife para show no Forrozão do Galo, realizado na última sexta-feira (8)

A cantora Joelma recebeu uma intimação judicial durante a sua recente passagem no Recife, para apresentação no Forrozão do Galo, na última sexta-feira, 8.

A intimação diz respeito a uma indenização que é desdobramento de um acidente do avião da Banda Calypso no Recife, ocorrido em 2008.

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Quem entrou na justiça para receber esse pagamento foi Adriana Tibúrcio de Souza, uma recifense que teve parte de sua casa destruída pelo incidente. Inicialmente, a indenização estava sendo feita à JC Shows Ltda, antiga empresa de Joelma e Chimbinha.

Como a empresa se tornou insolúvel diante da separação do casal, que briga pelos bens, o advogado de Adriana entrou com um pedido de desconsideração de personalidade jurídica, fazendo com que Joelma Mendes respondesse pelo processo.

Atualmente, o valor da indenização é de R$ 137 mil. A cantora tem um prazo de 15 dias para realizar o pagamento.

Como Joelma recebeu intimação judicial no Recife

O oficial de justiça compareceu à Sede do Galo da Madrugada, que realizou o evento Forrozão do Galo, cerca de três vezes para entregar o documento a Joelma - nos horários das 11h, 13h e 20h.

Sem sucesso, o documento só foi entregue à cantora no sábado (9), quando o seu advogado confirmou o recebimento - nesse caso, o advogado tem poderes para receber a intimação.

Agora, Joelma está oficialmente citada como pessoal física no processo. De acordo com o advogado de Adriana Tibúrcio, essa citação abre espaço para ter acesso a briga judicial dos bens de Joelma e Chimbinha, que corre em segredo de justiça numa vara de justiça em Pernambuco.

Por que Joelma foi intimada no Recife?

Em 23 de novembro de 2008, um avião bimotor de pequeno porte pertencente à Banda Calypso caiu no bairro de San Martin, na Zona Oeste do Recife. Ele levava oito passageiros e dois tripulantes de Teresina (PI) para o Recife. Dois passageiros morreram.

Apesar do avião pertencer ao grupo, nenhum músico estava no voo. De acordo com notícias da época, a aeronave chegou a roçar uma das hélices no telhado de uma casa antes de cair.

Adriana Tirbúcio de Souza, que é a exequente do processo, afirma que teve sua casa "partida" pela metade pelo impacto dessa queda.

De acordo com o advogado Henrique de Lima, a Banda Calypso recebeu de uma seguradora um valor de R$ 6 milhões pela queda do avião. Cerca de R$ 2 milhões foi destinado para indenizações das vítimas fatais e de moradores prejudicados.

Adriana Tibúrcio afirma que, na época, os advogados da JC Show a ofereceram R$ 5 mil para acobertar a destruição do seu domicílio.

A da 5ª Vara Cível da Capital do Tribunal de Justiça de Pernambuco deu cumprimento de sentença favorável a Adriana desde 2017. O processo tramita na justiça desde o ano de acidente.

Até 2017, o valor solicitado à JC Shows era de R$ 61.519,03. Agora, passa de R$ 130 mil com os percentuais de honorários, multas de execução e correção monetária.

Procurada pela reportagem, a assessoria da artista se resumiu em informar: "Esse processo está inserido na liquidação da Banda Calypso para pagamento."

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