Ceará: Campanha com vacina bivalente contra Covid-19 começa em 27 de fevereiro

O primeiro lote com 32,4 mil doses da vacina bivalente da Pfizer já chegou ao Ceará, em 7 de fevereiro. Os próximos estão previstos para as quartas-feiras, 15 e 22, com 64,8 mil e 632.280 doses, respectivamente

Nova fase de vacinação contra a Covid-19 no Ceará terá início no próximo dia 27, seguindo planejamento do Ministério da Saúde (MS). Na campanha deste ano, será aplicada a dose de reforço com a vacina bivalente, que tem o papel de aumentar a produção de anticorpos para proteção tanto contra a cepa original do Sars-Cov-2, vírus causador da doença, quanto contra a variante Ômicron e as sublinhagens dela.

Para receber essa vacina é obrigatório ter 12 anos ou mais e ter completado o esquema primário de vacinação, com primeira e segunda doses, há pelo menos quatro meses. 

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A meta da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) é vacinar pelo menos 90% da população alvo de cada grupo prioritário, e a estimativa é de que 618.312 pessoas sejam vacinadas na primeira fase da campanha. As informações foram fornecidas em coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira, 10.

O primeiro lote de vacinas, com32,4 mil doses da vacina bivalente da Pfizer já chegou ao Ceará, em 7 de fevereiro. Os próximos estão previstos para as quartas-feiras, 15 e 22, com 64,8 mil e 632.280 doses, respectivamente, resultando em um total de729.480 doses.

Os grupos prioritários da primeira fase serão: pessoas de 70 anos e mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência e trabalhadores dessas instituições; pessoas imunocomprometidas; comunidades indígenas; populações ribeirinhas e quilombolas.

Grupos prioritários por fase

 

Etapa 1 – Reforço com a vacina Bivalente

Fase 1

  • Pessoas de 70 anos e mais;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (12 anos), abrigados e os trabalhadores dessas instituições;
  • Pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade;
  • Comunidades Indígenas;
  • Populações Ribeirinhas;
  • Quilombolas

Fase 2

  • Pessoas de 60 a 69 anos

Fase 3

  • Gestantes e puérperas

Fase 4

  • Profissionais de saúde

Fase 5

  • Pessoas com deficiência permanente

A importância da vacinação

O secretário executivo de Vigilância em Saúde, Antônio Lima Neto, conhecido como Tanta, destacou que o atual cenário epidemiológico da Covid-19 é de baixa transmissão em todo o Ceará, "de maneira muito homogênea".

O gestor apontou, porém, a importância de os municípios continuarem monitorando principalmente a testagem e a assistência para capturar eventual mudança de "tendência epidemiológica", uma vez que novas variantes do Sars-Cov-2 ainda podem circular entre a população.

Tanta explica que a eliminação do Sars-Cov-2 está "meio fora de cogitação" e que, mesmo baixa, ainda há circulação do vírus respiratório. Por isso ele destaca a importância da vacinação anual contra a doença. "O que provavelmente pode acontecer? Declínio da imunidade. Daí a necessidade do reforço", afirma.

Ao relembrar as cinco ondas da pandemia pelas quais o Ceará já passou, o secretário aponta a subnotificação, que esteve presente por diferentes fatores tanto na primeira quanto nas duas últimas ondas. Na primeira, o motivo da subnotificação dos casos de Covid-19 ocorreu pela falta de acesso a testes diagnósticos.

Nas duas últimas, essa subnotificação tem sido caracterizada tanto pelos casos mais leves — que levam as pessoas a não procurar serviços de saúde e a não fazer o teste — quanto à proteção causada pela vacinação contra a doença e pela infecção natural, que impactaram na letalidade. Os autotestes não são contabilizados oficialmente.

Mortalidade pela Covid-19

 

Em janeiro deste ano, 12 pessoas morreram em decorrência da Covid-19 no Estado. De acordo com o secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, atualmente, em quase todos os casos, é necessário fazer "uma investigação minuciosa" para de fato atribuir a causa dos óbitos ao Sars-Cov-2.

"Isso não acontecia antes da vacina. No início, com uma agressividade imensa, imediata, o paciente tinha o que chamamos de pneumonite, uma agressão de vias aéreas superiores. O paciente, com insuficiência respiratória, ficava com falta de ar e terminava falecendo", explica. 

Atualmente, é mais comum que o óbito ocorra em pacientes mais idosos — sobretudo acima 75 anos — e com alguma comorbidade. "Normalmente, começa com um quadro respiratório e depois você tem uma pneumonia bacteriana, uma sobreinfecção bacteriana. Daí os nossos comitês do Estado e dos municípios terem que se reunir para confirmar", complementa.

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