Fortaleza não registrou mortes por Covid-19 em 2023
Há registro de mortes por Covid-19 em oito municípios cearenses, com maior número em Crato, com três óbitosEm janeiro e fevereiro de 2023, Fortaleza ainda não teve qualquer óbito registrado em decorrência da Covid-19. Conforme levantamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em comparação ao mesmo período no ano passado, há redução significativa no número de mortes pela doença.
Em 2022 foram registrados 1.614 óbitos nos dois primeiros meses do ano, no ano de 2023, um número de 12 mortes por Covid-19 foram registrados até agora, sendo que nenhuma delas ocorreu no município de Fortaleza. O quantitativo considera números apurados até o dia 8 de fevereiro deste ano.
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Neste ano, foram registrados óbitos por Covid-19 nos municípios de Russas (2), Limoeiro do Norte (1), Tabuleiro do Norte (1), Assaré (1), Crato (3), Araripe (1), Jardim (1) e Cedro (2).
Os dados foram apresentados durante a primeira coletiva de imprensa da nova gestão da Sesa, composta pela titular da pasta, Tânia Mara Coelho, o secretário executivo de Vigilância em Saúde, Antônio Lima Neto (Tanta), e a secretária executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional, Joana Gurgel.
Particularidades da detecção de casos e confirmação de óbitos por Covid-19 em 2023
Para Tanta, a redução no número de óbitos é resultado dos esforços para imunizar a população cearense. No entanto, os índices ainda demonstram que o vírus continua circulando por todo o Ceará, reforçando a necessidade de completar o esquema vacinal.
“A particularidade dos óbitos da Covid-19 hoje é que quase sempre eles necessitam de investigação minuciosa para poder atribuí-lo ao SARS-CoV-2. Isso não acontecia no início, antes da vacina, quando eles se davam com agressividade imensa imediata, em que o paciente tinha uma pneumonite com deficiência respiratória e acabava falecendo”, aponta.
Ainda segundo o secretário, os óbitos por Covid-19, após a vacina, têm incidência em pacientes com comorbidades e idosos acima de 65 anos. Os sintomas se iniciam com uma dificuldade respiratória e se agravam para uma pneumonia bacteriana, que leva ao óbito. Contudo, esses casos não são facilmente detectados, pois não há o devido monitoramento dos testes rápidos e autotestes das farmácias.
“Os nossos comitês do Estado e os dos municípios têm que se reunir para confirmar o óbito. Não é simples como nos momentos mais difíceis da pandemia a confirmação de mortes por Covid-19 (...). Às vezes, em determinados momentos, as pessoas não estão recorrendo mais aos exames de RTPCE, ou seja, não estão dentro do nosso sistema. Então, os municípios estão sendo estimulados por nós a fazer o monitoramento local e nos informar, pois precisamos desses dados”, explica o secretário.