Covid-19: pacientes que morreram na quinta onda tinham comorbidades

O cenário atual é de baixa transmissão com circulação viral limitada, conforme boletim epidemiológico semanal divulgado nesta terça-feira, 24

18:14 | Jan. 24, 2023

Por: Ana Rute Ramires
Teste Rápido Antígeno para Covid-19 (foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)

Foram confirmados oito óbitos no final de novembro e dez óbitos no início de dezembro de 2022. Intervalo coincide com período de maior transmissão do último ciclo epidêmico em Fortaleza, o quinto desde o início da pandemia. Os dezoito pacientes eram portadores de comorbidades, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O cenário atual é de baixa transmissão com circulação viral limitada. Diagnóstico consta em boletim epidemiológico semanal divulgado nesta terça-feira, 24. 

Entre os dias 17 a 23 de janeiro de 2023, a taxa de positividade dos exames (RT-PCR) de residentes de Fortaleza, analisadas pelos laboratórios da rede pública, foi de 1,2%. Das 472 amostras, seis tiveram resultado positivo. 

Na semana passada, das 442 amostras analisadas, apenas quatro apresentaram resultado positivo (0,9%).

O aumento da transmissão da quinta onda aumentou no início de novembro. "A introdução das sublinhagens da ômicron BQ.1 e BE.9 foi, provavelmente, o principal fator associado ao incremento", analisa o boletim. O ápice deste quinto ciclo epidêmico ocorreu no fim de novembro.

A média móvel nos dias 17 e 23 de janeiro de 2023 foi de 1,6 casos. Número foi 77,1% menor do que a registrada duas semanas atrás (6,9 casos). Nesse intervalo, nenhuma morte por Covid-19 foi confirmada na Capital, preliminarmente. 

De acordo com a avaliação do boletim, a quarta e a quinta ondas "não mudaram significativamente o padrão de mortalidade" em decorrência da Covid-19 em Fortaleza.

A média diária de casos mensal saiu de 2,3 em outubro para 230,3 em novembro. Um aumento de 100 vezes. Em dezembro, a média cai para 67,4 e segue em redução, registrando média de 4,8 casos por dia até 24 deste mês de janeiro.

Considerando os registros desde o início da pandemia, a maioria dos pacientes que morreu era do sexo masculino (54%).

Em relação à distribuição dos pacientes por grupo etário, 73% dos casos e 26% das mortes foram confirmados na população de 20 a 59 anos. Por outro lado, 20% dos casos e 73% das mortes foram confirmadas no grupo a partir de 60 anos.