Paxlovid: medicamento contra Covid-19 não tem previsão de chegar às farmácias

Tratamento está disponível no SUS por meio de prescrição médica a pacientes adultos com risco aumentado de agravamento da doença

09:45 | Nov. 30, 2022

Por: Marcela Tosi
Paxlovid é uma droga antiviral usada para tratamento contra a Covid-19 em mais de 40 países (foto: HANDOUT / PFIZER / AFP)

O Paxlovid, antiviral desenvolvido pela Pfizer para auxiliar no tratamento da Covid-19, teve sua venda liberada para farmácias e hospitais privados do Brasil. Apesar do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento ainda não tem previsão de chegar ao comércio direto aos pacientes.

A Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) afirma não ter ainda previsão de venda nos estabelecimentos comerciais. 

Em nota, a Pfizer informa que está "trabalhando nas etapas que antecedem o início das vendas ao mercado privado, buscando disponibilizar o medicamento o mais rapidamente possível".

Sobre o Paxlovid no Brasil

 

O antiviral teve sua autorização de uso emergencial aprovada no Brasil em 30 de março de 2022, sendo indicado para o tratamento da Covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam ao menos um fator de risco de progressão para formas graves da doença.

A Pfizer Brasil realizou, em 29 de setembro, a primeira entrega ao Ministério da Saúde do Paxlovid, contendo 50 mil unidades. O envio do medicamento faz parte de um acordo assinado com o governo brasileiro que prevê também a entrega de mais 50 mil unidades.

Composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados e administrados juntos, o Paxlovid é indicado para adultos e vendido sob prescrição médica.  O medicamento deve ser administrado, assim que possível, após resultados positivos de teste para o coronavírus e no prazo de 5 dias após o início dos sintomas.

No Ceará

 

Conforme a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), o Ceará recebeu do Ministério da Saúde (MS) 1.950 tratamentos do antiviral. Os comprimidos começaram a ser distribuídos entre as unidades da rede pública de saúde do Estado ao fim da primeira quinzena de novembro.

A secretária executiva de Vigilância em Saúde da Sesa, Sarah Mendes, explica que o Paxlovid será distribuído, a princípio, para pessoas a partir de 18 anos com algum tipo de imunossupressão, de alto ou de baixo grau, e a população acima de 65 anos com ou sem comorbidades.