Covid-19: cresce busca por testes em farmácias e positividade dispara no Ceará
Em comparação com a primeira semana de outubro, as vendas praticamente triplicaram e a positividade para a Covid-19 foi quintuplicadaNos primeiros seis dias de novembro, 462 testes para identificação do coronavírus foram comprados nas farmácias do Ceará. Destes, 97 tiveram resultado positivo, o que leva a uma média de 16 diagnósticos por dia e a uma positividade de 21%. Em comparação com a primeira semana de outubro, as vendas praticamente triplicaram e a positividade para a Covid-19 foi quintuplicada.
A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) vem acompanhando as vendas dos testes e os diagnósticos desde janeiro de 2021. Do início de outubro ao início deste mês, a busca pelos exames vem aumentando semana a semana. Foram, da 1ª semana de outubro à 1ª semana de novembro, 161, 315, 336, 340 e 462 testes realizados.
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Já a positividade para Covid-19 cresceu mais expressivamente ao sair de 4,35% para 21%. Atualmente, em média, o diagnóstico resulta positivo para um a cada cinco cearenses que suspeitam estar infectados com o coronavírus e se testam.
Positividade dos testes para Covid-19 em farmácias do Ceará
Considerando todos os testes realizados no Ceará, tanto os em farmácias quanto aqueles em unidades de saúde, os casos confirmados de Covid-19 aumentaram mais de seis vezes no período de duas semanas. O total de confirmações subiu de 225 para 1.482 entre a segunda metade de outubro e a primeira quinzena de novembro. O que equivale a uma variação de 558% no período. Os dados são do IntegraSUS, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), atualizados nesta quinta-feira, 17, às 9h47min.
O epidemiologista Antônio Lima, em entrevista à rádio O POVO CBN nessa quinta-feira, 17, explicou que "o momento atual é um momento de introdução de variantes" do coronavírus. Conforme Lima, a BQ.1 tende a se tornar, em pouco tempo, a variante dominante. Ele avalia que o aumento da positividade dos testes é um alerta sobre a circulação do vírus e para cuidados com os grupos mais vulneráveis, como idosos e imunossuprimidos.
"Nesse momento, que não temos repercussões assistenciais importantes, não é tão simples voltar a medidas obrigatórias, mas a recomendação de uso de máscaras segue válida", afirma Lima, que é coordenador de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza. "O (uso no) transporte público é um ponto importante que deve ser discutido", completa.