Quarta onda da Covid-19 em Fortaleza chega ao fim, afirma SMS
Quarto ciclo epidêmico não repercutiu em aumento de mortes. Boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) foi publicado nesta terça-feira, 9Com circulação viral baixa e queda no número de casos, a quarta onda de Covid-19 em Fortaleza chegou ao fim. Situação pode ser alterada apenas "por eventos novos que modifiquem significativamente o cenário", conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em boletim epidemiológico publicado nesta terça-feira, 9.
Atualmente, há transmissão residual, em queda progressiva. Mesmo considerando o retardo natural da confirmação dos casos mais recentes, "dificilmente a tendência será alterada ou revertida nas próximas semanas", afirma Antônio Lima, coordenador de Vigilância Epidemiológica da pasta.
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O quarto ciclo epidêmico atingiu o pico na transição entre junho e julho de 2022. A maior média móvel de casos desta onda foi registrada no dia 1º de julho.
De acordo com o informe semanal sobre a situação da doença na Capital, a taxa de positividade do vírus é de 4,8%. Dos 865 exames analisados pelos laboratórios da rede pública, 42 amostras tiveram resultado positivo.
Número corresponde às amostras (RT-PCR) de moradores de Fortaleza colhidas entre 2 e 8 de agosto e analisadas pelos laboratórios da rede pública. A proporção é menor do que a registrada na semana anterior — entre os dias 26 de julho e 1 de agosto — que foi de 8,5%.
A média móvel atual (17,4 casos) é 82% menor do que a registrada duas semanas atrás (98,9 casos). O aumento dos casos diários teve início em meados de maio, se evidenciou em junho e perdeu força no fim do mês. A redução da transmissão seguiu rapidamente.
A quarta onda não repercutiu na mortalidade. Na última semana, nenhuma morte foi confirmada, segundo os registros da SMS. A média móvel de óbitos dos últimos sete dias foi estimada, portanto, em zero.
"Continuamos em um estágio de muito baixa mortalidade, que não foi alterado pelo recente aumento de casos", explica. Dessa forma, os óbitos são considerados eventos raríssimos, associados a condições especiais e comorbidades graves.
"No dia 01/07/2022 foi confirmado, por análise retrospectiva, o primeiro óbito de julho, interrompendo uma sequência de quarenta dias sem fatalidades", detalha o boletim.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a maioria dos pacientes que foi a óbito era do sexo masculino (54%). Do total, 72% dos casos e 26% das mortes foram confirmados na população de 20 a 59 anos. Em proporção inversa, 19% dos casos e 73% das mortes foram confirmadas no grupo a partir de 60 anos.
O controle da doença é associado ao "aumento da testagem e da cobertura vacinal com esquema completo em todas as faixas etárias (incluindo D3 e D4 para as populações-alvo)", acrescenta o epidemiologista Antônio Lima. Ele aponta que essas são, junto com medidas não farmacológicas, as estratégias cruciais para consolidar o controle da doença.