Sem mortes há mais de um mês, Fortaleza está perto do fim da 4° onda da Covid-19

Confirmação foi dada nesta terça-feira, 02, pelo epidemiologista Antônio Lima, coordenador de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS)

Há mais de um mês sem registrar mortes em decorrência da Covid-19, Fortaleza está preste a viver o fim da quarta onda da doença. A confirmação foi dada nesta terça-feira, 2, pelo epidemiologista Antônio Lima, coordenador de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). 

O profissional fez a constatação com base nos dados do boletim publicado semanalmente no site da pasta. De acordo com o documento, o aumento de novas infecções diárias percebidas em junho foi perdendo as forças e agora a Cidade vive um cenário de circulação viral baixa, em queda progressiva.

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Além disso, o levantamento mostra que a média móvel de casos atual é de 21,3, número que é 89% menor do que a registrada duas semanas atrás, de 194,1 casos. Entre os dias 26 de julho e 1° de agosto, a positividade das amostras (RT-PCR) de residentes de Fortaleza caiu para 8,5%, proporção menor do que a registrada entre os dias 19 e 25 de julho (17,0%).

Já em relação ao número de óbitos em decorrência da doença, o último registrado ocorreu no dia 29 de junho e foi de um senhor de mais de 90 anos. Portanto, a Capital cearense segue há mais de um mês sem registrar mortes provocadas pela patologia. 

Levando em conta esses dados, o epidemiologista Antônio Lima afirmou que o quarto ciclo de contaminação "se encaminha para o final". O documento afirma ainda que "apesar do natural retardo da confirmação dos casos mais recentes, dificilmente a tendência será alterada ou revertida nas próximas semanas".

O pico da quarta onda ocorreu entre junho e julho deste ano, mas o aumento dos casos diários mais evidente foi perdendo a força já no fim de junho - dando inicio a uma rápida redução da transmissão. Apesar do cenário positivo, o documento aponta que ações como o aumento da testagem e da cobertura vacinal, além de medidas de proteção, seguem sendo fundamentais para o controle da doença.

Cenário pode repercutir para demais municípios

Dados levantados pelo Projeto Rede Monitoramento Covid Esgotos, repassados nesta semana, apontam que a redução da carga viral em Fortaleza ocorre desde o último dia 17 de julho. O balanço constatou o declínio da concentração do vírus por meio de amostras coletadas em esgotos da Capital.

Conforma análise desses dados feita pelo Centro de Inteligência em Saúde do Estado do Ceará (Cisec), da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP-CE), o balanço mostra um cenário positivo e que pode repercutir para demais municípios do Estado. Isso porque a Capital tem a tendência de registrar primeiro as ondas da doença.

“Fortaleza começa a maioria das ondas de covid-19 do Estado e, o fato dela apontar a queda da maior concentração do vírus, é um importante indicativo de que esse cenário possa repercutir nos demais municípios cearenses”, apontou em análise o coordenador do Cisec, José Xavier Neto. 

O profissional, que é também cientista-chefe da Saúde no Ceará, afirmou ainda que mesmo com os recentes festivais ocorrendo na Cidade o momento deve seguir favorável para o fim da quarta onda.

“Seriam necessárias muito mais semanas para o surgimento de uma nova onda. Por isso, acreditamos que a atual redução da concentração do vírus é mais importante que a possível introdução da carga viral durante esses grandes eventos", destacou em documento.

Desde o inicio da pandemia até o momento, Fortaleza tem acumulado 366.493 casos de residentes que foram infectados pela doença e registra 11.461 óbitos de moradores por conta dela. No levantamento espacial, a região que registrou o maior número desses índices foi a Regional II, acumulando 66.760 casos e 1.993 mortes.

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