Quarta onda: casos de Covid-19 em Fortaleza aumentam, mas não há mortes há 35 dias
Média móvel de casos aumentou 34% em uma semana na Capital, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) divulgado nesta terça-feira, 28Em franca elevação da quarta onda, Fortaleza apresentou aumento de 34% na média móvel de casos em duas semanas. Índice saiu de 126 para 189,4 em 15 dias. Apesar disso, a Capital está há 35 dias sem registro oficial de morte em decorrência da infecção. Estágio é considerado "de muito baixa mortalidade".
Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) divulgado nessa terça-feira, 28. Nessa segunda-feira, 28, Ana Estela Leite, titular da pasta, destacou que o número baixo de casos graves e óbitos pela doença é reflexo da vacinação.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
"Estamos ultrapassando a quarta onda da Covid-19 no município de Fortaleza. Mas com casos de menor gravidade, com muita pouca demanda de internação. Isso é exatamente o que a gente espera quando se tem uma campanha de vacinação que perdura mais de um ano e uma ampla cobertura na população", afirmou.
Ela destacou ainda a importância da testagem para realizar o isolamento dos pacientes positivados e conter a disseminação. A taxa de positividade dos exames para diagnóstico de Covid-19 cresceu 22% em uma semana. Assim como a proporção de resultados positivos, o número absoluto de exames também aumentou no período, refletindo aumento da testagem.
Entre os dias 21 e 27 de junho de 2022, a positividade das amostras (RT-PCR) de residentes de Fortaleza registrada foi de 32,6%. Foram 904 amostras positivas de um total de 2.772 exames liberados, considerando os testes analisados pelos laboratórios da rede pública.
De acordo com o boletim, a média móvel de óbitos dos últimos sete dias foi estimada em zero. Isso porque não foi registrado nenhum óbito pela doença. A última morte confirmada ocorreu há 35 dias (24/05/22).
"Maio foi o mês menos letal da pandemia em Fortaleza, com cinco mortes confirmadas", consta o relatório. Até esta data, não ocorreram óbitos em junho, apesar do recente aumento de casos.
Segundo a SMS, o cenário epidemiológico atual pode ser considerado de "circulação viral moderada, com tendência de elevação da transmissão". O diagnóstico reflete, provavelmente, a dominância das subvariantes da Ômicron BA.4 e BA.5, como vem sendo observado em nível nacional. "De todo modo, o sequenciamento de novas amostras é necessário para confirmar essa hipótese", acrescenta a pasta.
"O Aumento da testagem e da cobertura vacinal com esquema completo em todas as faixas etárias (incluindo D3 e D4 para as populações-alvo) continuam sendo, junto com medidas não farmacológicas, as estratégias cruciais para consolidar o controle da doença", afirma o epidemiologista Antônio Lima, coordenador de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).