Dois milhões de pessoas têm Covid longa no Reino Unido

De acordo com este estudo, deste total, cerca de 376.000 pessoas ainda apresentam sintomas da doença mais de dois anos depois

09:37 | Jun. 01, 2022

Por: AFP
A doutora Luciana Souza compara duas radiografias de tórax diferentes de um paciente enquanto conversa com um colega de um hospital de campanha criado para tratar pacientes que sofrem da doença de coronavírus (COVID-19) em Guarulhos, São Paulo (foto: REUTERS / Amanda Perobelli)

Cerca de dois milhões de pessoas no Reino Unido continuaram a ter sintomas de covid-19 mais de quatro semanas depois de sua infecção - revela um estudo sobre "covid longa" publicado nesta quarta-feira (1º) pelo Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês).

De acordo com este estudo, deste total, cerca de 376.000 pessoas ainda apresentam sintomas da doença mais de dois anos depois.

Os sintomas persistentes, principalmente esgotamento, dificuldade para respirar, tosse e dores musculares, afetaram as atividades diárias de 1,4 milhão de pessoas (71%) e "limitaram fortemente" as de 398.000 infectados (20%).

Pessoas na faixa entre 35 e 69 anos, mulheres, quem vive em zonas desfavorecidas, ou trabalha nas áreas de saúde e educação são mais numerosos entre os afetados pela "covid longa".

Estes números não se baseiam em diagnósticos médicos, mas em declarações coletadas de uma amostra representativa de pessoas acima de mais de dois anos de idade contatadas por um período de quatro semanas até 1º de maio, detalhou a agência.

O Reino Unido é um dos países mais atingidos pelo coronavírus na Europa, com 178.000 mortes em uma população de 67 milhões de habitantes.

Todas as restrições foram suspensas no território, e mais de um milhão de pessoas continuam sendo infectadas a cada semana, conforme estimativas do ONS.