Fiocruz aponta necessidade de reforço da cobertura vacinal para controle da pandemia

Os índices têm se apresentado de forma heterogênea entre os estados brasileiros e o nível da terceira dose entre os mais jovens não atingiu a média considerada satisfatória

Boletim epidemiológico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira, 19, reforçou a preocupação com a estagnação do crescimento da cobertura vacinal contra a Covid-19 na população adulta, assim como a desaceleração da curva de cobertura da terceira dose. Conforme o documento, o número dos mais jovens que tomaram a terceira dose segue abaixo da média considerada satisfatória. Na população acima de 25 anos, a cobertura nacional é de 80%.

Os especialistas apontam ainda que a cobertura tem se apresentado de forma heterogênea entre os estados brasileiros. Total de 14 federações apresentam mais de 80% da população vacinada com a primeira dose e 18 apresentam mais de 70% com a segunda dose. Piauí e São Paulo têm se destacado por uma alta cobertura da vacinação desde a primeira dose. O Ceará aparece na terceira posição com maior porcentagem da população imunizada com a segunda dose (82,35%).

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“É importante reconhecer que a ampliação da vacinação, priorizando especialmente regiões com baixa cobertura e doses de reforço em grupos populacionais mais vulneráveis, pode reduzir ainda mais os impactos da pandemia sobre a mortalidade e as internações”, afirmam especialistas da Fiocruz. Em relação à quarta dose do imunizante, foi aplicada em 17% da população com mais de 80 anos.

Em relação aos casos e óbitos, a Fiocruz aponta que nas últimas três semanas epidemiológicas — entre 24 de abril e 14 de maio — foram registrados cerca de 16 mil casos e 100 mortes diárias, correspondendo a uma taxa de letalidade de 0,7%, menores valores estáveis desde o início da pandemia. O cenário atual, contudo, ainda é motivo de preocupação, conforme a Fiocruz.

“A ocorrência de internações tem sido consistentemente maior entre idosos, quando comparados aos adultos. Além disso, o surgimento de novas variantes, que podem escapar da imunidade produzida pelas vacinas existentes, constitui uma preocupação permanente”, argumentam no boletim. Com a desobrigação do uso de máscaras em parte significativa do País, a instituição enfatiza que a discussão sobre a vacinação torna-se ainda mais importante, já que apresenta-se como único recurso de proteção contra a doença.

“A vacinação, incluindo as doses de reforço, tem como objetivo reduzir a gravidade dos casos de Covid-19 e a própria transmissão do vírus”, ressalta a Fundação. "O sucesso da vacina ao impedir casos graves e fatais tem sido determinante para que o número diário de mortes não tenha aumentado, apesar dos picos de casos novos que vem ocorrendo no país, ou de forma isolada em estados e municípios. Trata-se de um armistício entre variantes virais e brasileiros. A armadilha, no entanto, é crer que a bandeira branca foi hasteada”, complementa.

 

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