Covid: estudo brasileiro reforça necessidade da 3ª dose para manter imunidade

Pesquisa investigou a longevidade da imunização de 210 pessoas de Barreiras, na Bahia, que receberam primeira e segunda doses de CoronaVac ou AstraZeneca e terceira dose da Pfizer

Estudo realizado por pesquisadores brasileiros reforça a necessidade de terceira dose da vacina contra a Covid-19 apontada por estudos anteriores. A pesquisa analisou o tempo de duração da imunidade induzida pela segunda dose das vacinas CoronaVac e AstraZeneca, mostrando que a dose de reforço "induz a uma resposta imunológica mais robusta do que a infecção normal". No caso, a terceira dose utilizada foi da Pfizer. 

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A análise foi conduzida por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e da Universidade de Minas Gerais (UFMG), resultando em publicação do material na revista Journal of Virology, nesta quinta-feira, 7. As informações são da Agência Bori

Os voluntários são da cidade de Barreiras, na Bahia. O trabalho brasileiro corrobora com estudo publicado em outubro de 2021 na revista The Lancet, da fabricante Pfizer, sobre efeito da terceira dose na população norte-americana.

Resultados da pesquisa nacional indicam que os níveis de anticorpos diminuem substancialmente entre quatro e seis meses após a segunda dose. Para isso, o nível de anticorpos antivirais de 210 pessoas de 13 a 66 anos foi analisado. 

A eficácia da CoronaVac e AstraZeneca em reduzir infecções também foi analisada. "A frequência de infecção nas pessoas que tomaram vacina, ainda que apenas uma dose, apresentou-se estatisticamente menor do que nas que não se vacinaram”, afirma o coordenador do estudo Jaime Amorim. 

Os pesquisadores devem se debruçar em seguida sobre outro aspecto: a duração da imunidade contra Covid-19. O objetivo é ter clareza sobre em quanto tempo a aplicação de reforços será necessária — a cada cinco ou seis meses.

"Tentaremos entender também o porquê de a epidemia com a variante Ômicron acontecer num cenário em que a maior parte da população já foi imunizada”, explica Jessica Pires, autora do estudo e pesquisadora do Centro das Ciências Biológicas e da Saúde da UFOB. 

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