Covid-19: positividade em Fortaleza chega ao menor número desde outubro de 2021

Quantidade de atendimento a síndromes gripais em UPAs e postos de saúde chegou ao nível anterior à pandemia para esta época do ano, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde

21:30 | Mar. 15, 2022

Por: Leonardo Maia
Locais abertos dificultam a transmissão do vírus; uso de máscara segue obrigatório (foto: FABIO LIMA)

Fortaleza chegou a menor proporção de positividade de amostras RT-PCR desde outubro do ano passado. Entre essa segunda-feira, 14, e o dia 8 de março, positivaram 1,8% das amostras de residentes da Capital com suspeita da doença, de acordo com boletim epidemiológico publicado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A pasta considera que os indicadores analisados indicam que o terceiro ciclo epidêmico da doença na Cidade está encerrado.

Em relação à média móvel de casos, o dado registrado nesta semana é significativamente inferior ao de duas semanas atrás, com queda de 63% — saindo de 35,3 casos para 13,1 casos. “Confirma-se um decaimento consistente e rápido. O cenário atual é de baixa transmissão”, enfatiza. Os atendimentos de síndrome gripal em UPAs e postos de saúde também voltaram ao patamar esperado para essa época do ano antes do início da pandemia, indicando que uma proporção das síndromes gripais está sendo causada por outras viroses sazonais respiratórias.

Já em relação ao número de óbitos, a secretaria considera que a curva epidêmica segue com uma tendência de estabilização, iniciada no mês de fevereiro. Entre os dias 6 e 12 de março, houve média de uma morte por dia, conforme dados preliminares. O registro é 75% menor em relação há duas semanas. Neste terceiro ciclo epidêmico, o pico da média móvel de óbitos aconteceu no dia 26 de janeiro, com 23,3 episódios. O órgão ressalta ainda que a introdução de uma variante em tese menos agressiva (Ômicron) resultou em casos graves, especialmente em indivíduos não vacinados e em idosos com comorbidade e sem a dose de reforço.

De acordo com análise da SMS, a dominância da variante Ômicron é absoluta na Cidade. O maior número de mortes em Fortaleza se concentra, entre os meses de janeiro e março, nos bairros Joaquim Távora, Meireles, Aldeota, Padre Andrade, Presidente Kennedy e Prefeito José Walter. A Regional VI, que inclui a Messejana e o Curió, segue sem registrar concentração significativa de óbitos.

Desde o início da infecção em Fortaleza, há quase dois anos, o Estado já confirmou 359.272 casos de Covid-19 e 10.905 mortes em decorrência da infecção. Os dados são da última atualização da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), às 7h20min desta terça-feira, 15. Em relação aos vacinados, já são 2,1 milhões imunizados com as duas doses contra a doença — 77,8% da população, de acordo com o IBGE.

>> Leia a íntegra do boletim divulgado nesta sexta-feira: 

Confira números divulgados no boletim

- Média móvel de casos

Últimos sete dias: 13,1
Há duas semanas: 35,3


- Média móvel de mortes

Últimos sete dias: 1,0
Há duas semanas: 4,0

- Número de mortes por mês (2022)

Janeiro: 453
Fevereiro: 217
Março: 17 (até 12/03)

- Taxa de mortalidade* por regional (desde o início da pandemia)

Regional I: 394,3
Regional II: 471,7
Regional III: 403,3
Regional IV: 472,2
Regional V: 388,3
Regional VI: 321,7

*Taxa de Mortalidade acumulada por bairro = Número total de mortes do bairro/População do bairro x 100.000 habitantes