Flexibilização do uso de máscaras no Ceará pode ser discutida em reunião nesta sexta, 11
Baixa positividade nos testes, baixo nível de circulação do coronavírus e avanço da vacinação contra a Covid-19 são indicadores que permeiam o debateA desobrigação do uso de máscaras em ambientes abertos deve estar entre as pautas da reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19 nesta sexta-feira, 11. O tema vem sendo debatido pelos especialistas desde a última semana, quando Governo liberou eventos sem limitação de público. Pelo menos 11 capitais brasileiras já flexibilizaram o uso do equipamento de proteção contra o coronavírus.
"A possibilidade já foi discutida na última reunião, mas não houve decisão colocada em decreto. Seria para ambientes ao ar livre", explica Sayonara Moura, presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Ceará (Cosems/CE). O Conselho, que tem cadeira no Comitê Estadual, posiciona-se a favor de retirar a obrigação das máscaras quando em ambientes abertos, mas não para locais fechados. "Acredito que a espera é para ver o comportamento da pandemia, para realmente ter certeza se a gente está tranquilo para fazer isso. Estamos no caminho", completa Sayonara.
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Para o epidemiologista Antonio Lima, os indicadores permitem o debate e a flexibilização deveria ser gradual. "Existe uma combinação de dados que permite a discussão da não obrigatoriedade em espaços abertos. O primeiro atributo é que Fortaleza e o estado do Ceará quase como um todo estão com taxa de positividade de testes muito baixa, de menos de 5%. Isso indica que temos uma circulação viral limitada", explica.
"Mas ainda tem alguns temas que precisam ser melhor trabalhados. Principalmente o do transporte público, para garantir um nível muito baixo de circulação do vírus. Em relação às escolas e a bares e restaurantes também", ressalva.
Em Fortaleza, a 3ª onda da Covid-19, causada pela variante Ômicron, chegou ao fim. Conforme boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a média móvel de casos é 68% menor do que há duas semanas, e o cenário é de baixa transmissão do coronavírus.
Outro ponto considerado pelo epidemiologista é "a cobertura vacinal confortável e com homogeneidade". Ele ressalta ainda que o passaporte vacinal se torna uma exigência importante neste momento, tanto para haver maior segurança a todos, quanto para garantir uma cobertura homogênea.
Segundo Vacinômetro da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), atualizado às 17 horas dessa quarta, 9, 90,76% dos cearenses tomaram pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Aqueles com duas doses correspondem a 81,64% da população do Estado. Já a dose de reforço chegou a 45,85% dos cearenses aptos a receber o imunizante.
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