Ministério da Saúde destina R$ 6,7 mi para atendimento de pessoas com sintomas pós-Covid-19 no Ceará

Governo Federal visa destinar o recurso para as localidades com questões de grande vulnerabilidade e maior impacto da doença causada pelo coronavírus

Com o intuito de apoiar os municípios do Ceará no cuidado às pessoas acometidas por sintomas causados após contaminação por Covid-19, o Ministério da Saúde irá repassar R$ 6,7 milhões para reforçar a assistência na Atenção Primária à Saúde (APS), ainda no contexto da pandemia. A liberação do investimento foi assinada na quarta-feira, 23, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

“Os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) são importantes, mas se tivermos uma atenção primária preparada teremos mais condições de enfrentar o vírus”, destacou o ministro. Entre os sintomas, destacam-se cansaço, falta de ar aos esforços, tosse, dor torácica, perda de olfato e paladar, cefaleia, tontura, alterações de memória, ansiedade e depressão.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Investimento

A partir do recurso, os gestores poderão contratar profissionais qualificados, reformar e criar ambientes para abrigar ações necessárias, como espaços para fisioterapia, e, também, será possível adquirir materiais de consumo. Desta forma, a Atenção Primária será um ponto estruturante no cuidado de pessoas afetadas por condições pós-Covid.

Para o cálculo do repasse para cada município, foi elaborado um índice de prioridade, cujo funcionamento baseia-se na classificação dos municípios em alto, médio e baixo, levando em consideração o quantitativo de equipes, o índice de vulnerabilidade social, porte populacional e taxa de mortalidade por Covid-19. Os municípios de perfil alto tiveram seus valores multiplicados por três, do perfil médio multiplicados por dois e do perfil baixo multiplicados por um.

Com o mapeamento do índice, o Governo Federal visa destinar o recurso para as localidades com questões de grande vulnerabilidade e maior impacto da doença causada pelo coronavírus.

Dados estatísticos

Os sintomas pós-Covid podem ser sucedidos de diferentes maneiras e dependem da extensão e gravidade da infecção, dos órgãos afetados e dos cuidados tomados durante a fase aguda da doença. Dados já apresentados sobre o tema permitem estimar que muitos pacientes apresentam sintomas persistentes ou novos decorrentes da infecção, o que deverá acarretar um aumento na demanda por cuidados prolongados e posteriores à infecção aguda nos serviços de saúde, especialmente na APS.

Estudo publicado na revista científica The Lancet sobre a evolução tardia de pacientes que passaram por internação por Sars-Cov-2 demonstrou que, seis meses após a infecção aguda, 76% dos 1.733 pacientes avaliados apresentavam algum sintoma persistente. O cansaço e a fraqueza muscular foram os sintomas mais comuns, presentes em 63% dos casos, seguidos por dificuldade para dormir, ansiedade e depressão. Além disso, entre aqueles que desenvolveram casos graves da infecção, 56% desenvolveu algum tipo de alteração pulmonar significativa.

Já o estudo publicado no Epidemiology Infection, que acompanhou 767 pacientes após internação por Sars-Cov-2, 51,4% desses ainda se queixavam de sintomas após cerca de 80 dias do quadro agudo, mais comumente fadiga e dispneia aos esforços, e 30,5% ainda apresentavam consequências psicológicas pós-traumáticas. Difusão pulmonar prejudicada foi encontrada em 19%.

A Atenção Primária é considerada a porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS), a área tem características de ordenadora e coordenadora da rede pública, isto é, um ponto de assistência que faz o primeiro atendimento à população e encaminha os casos, se necessário, para os demais serviços, permitindo que seja tratada de forma eficaz.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

governo federal investimentos saúde pública saúde covid 19

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar