Covid: avanço da 3ª onda em Fortaleza é "explosivo", com aumento de mortes
Dados ainda estão subestimados devido a problemas no fluxo de informação e instabilidade dos sistemas nacionais, bem como subnotificação e limitação do diagnóstico laboratorialAo contrário das anteriores, a terceira onda da Covid-19 em Fortaleza, iniciada em meados de dezembro de 2021, com a introdução da nova variante Ômicron, teve aumento "explosivo". O aumento de casos já se reflete no padrão de mortalidade, embora que em menor intensidade.
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Sobretudo nas duas primeiras semanas de 2022, há incremento substancial de casos novos diários. Dados são de boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza publicado nesta sexta-feira, 21. O documento alerta que, mesmo menos agressiva, a variante Ômicron tem potencial de causar casos graves, "sobretudo em pacientes não vacinados ou com imunização incompleta".
Na Capital, mais de metade (56,1%) das amostras para diagnóstico de Covid-19 analisadas nos laboratórios da rede pública dão resultado positivo. Taxa se refere ao período entre os dias 14 e 20 de janeiro. Entretanto, apesar do aumento, dados de casos positivos ainda está subestimado principalmente "pela subnotificação e limitação do diagnóstico laboratorial".
"Mesmo com problemas no fluxo de informações e instabilidade dos sistemas nacionais, associados à subnotificação e limitação do diagnóstico laboratorial de casos leves e assintomáticos, a curva epidêmica, que vinha se expressando graficamente como um platô, passou a apresentar inclinação ascendente", detalha o boletim.
A média móvel hoje (460,3 casos) reflete ainda o retardo da notificação dos casos mais recentes. "Até se considerando a média de duas semanas atrás (823 casos) é possível que os dados estejam muito subestimados, dada a proporção da positividade de quase 60% nos laboratórios de referência', analisa a pasta.
Entre os dias 14 e 20, ocorreram 36 óbitos, com média móvel estimada de 5,1. Com o aumento do índice, as mortes por Covid-19 voltaram a ser consideradas pela SMS um "evento frequente". Considerando o mês de janeiro, houve registro de 82 óbitos causados pela doença. As mortes diárias voltam a aumentar e a média salta de menos de um um óbito por dia em dezembro de 2021, para mais de quatro em janeiro de 2022.
"Aumento da testagem e da cobertura vacinal com a D3 são, junto com necessidade de se evitar aglomerações e usar máscaras, as estratégias cruciais para se atenuar a transmissão na atual conjuntura", acrescenta a análise.
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