Com baixo nível de cadastramento, Ceará tem 4.612 crianças vacinadas contra Covid-19

Apenas 38,8% das crianças entre 5 e 11 anos estão cadastradas na plataforma Saúde Digital

16:14 | Jan. 19, 2022

Por: Marcela Tosi
Fortaleza iniciou a vacinação de crianças de 11 anos no último sábado, 15 (foto: Thais Mesquita)

O Ceará tem 4.612 crianças entre 5 e 11 anos de idade vacinadas contra a Covid-19. O Estado recebeu o primeiro lote de vacinas pediátricas fabricadas pela Pfizer na última sexta-feira, 14. No sábado, os municípios começaram a aplicar as doses recebidas. 

Ao mesmo tempo, outras 351.172 estão cadastradas na Plataforma Saúde Digital, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O número de cadastros representa apenas 38,8% da população cearense nessa faixa etária. Conforme a pasta, o público-alvo da vacina pediátrica no Estado totaliza 904 mil crianças.

"Está tendo ainda ausência das crianças porque a gente está no meio de um aumento de transmissão de Covid-19 e de gripe. Então a criança está com alguma sintoma e aí não pode tomar a vacina ou o responsável está doente e não pode levar", avalia a secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, Ricristhi Gonçalves. "Além disso, a própria força de trabalho dos municípios está reduzida porque as pessoas estão adoecendo e reduz as equipes de vacinação", ressalta.

No Ceará, as crianças devem estar acompanhadas dos pais ou responsáveis no momento da vacinação.  Aueles que apresentarem sintomas gripais ou tiverem recebido alguma outra vacina devem aguardar 15 dias para receberem o imunizante contra a Covid-19. A secretária enfatiza que a pasta e as secretarias municipais estão investindo em comunicar a população, preparar repescagens para os faltosos e auxiliar no cadastramento.

A vacinação infantil começa no Ceará em um momento em que diversas escolas da rede particular iniciam o ano letivo de 2022 com aulas presenciais. "A recomendação foi de que as escolas adiassem um pouco, mas isso seria decidido dentro dos colegiados. Algumas decidiram iniciar e estão percebendo que, devido à transmissão comunitária que está acontecendo, as crianças também são afetadas e possivelmente vão positivar. Neste momento, a gente acha prudente esperar mais um pouquinho até que a gente acelere mais a vacinação e confira maior proteção a elas", conclui.