IHU: o que se sabe sobre a nova variante do coronavírus encontrada no sul da França
A nova variante possui 46 mutações, mais que a Ômicron, e já foi identificada em até pelo menos 12 pessoas na França, não tendo sido constatada em nenhum outro paísUma nova variante do coronavírus foi identificada por meio de um estudo feito por pesquisadores do Instituto Hospitalar Universitário de Marselha, no sul da França, sendo batizada de IHU, iniciais do instituto. A nova cepa, que possui 46 mutações, incluindo uma que está associada ao possível aumento de contágios, já foi identificada em até pelo menos 12 pessoas.
A descoberta foi compartilhada por meio das redes sociais do instituto no dia 9 de dezembro do ano passado. "Uma nova variante da covid-19 foi detectada no IHU Méditerranée Infection de pacientes de Forcalquier. Foi chamada de variante IHU e depositada no GISAID com o nome B.1.640.2", excreveram os pesquisadores na publicação.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Un nouveau variant COVID-19 à été détecté à l'IHU Méditerranée Infection issu de patients de Forcalquier. Il a été baptisé variant IHU et déposé sur GISAID sous le nom de B.1.640.2. pic.twitter.com/Rh3klIxy0w
O estudo realizado foi publicado no final do mesmo mês, no dia 29, no repositório MedRxiv, onde, de acordo com os pesquisadores, algumas das mutações identificadas possuem relação com a Ômicron, como na proteína Spike, que pode contribuir para uma possível fuga parcial para a imunidade concedida pelas vacinas. As informações são do portal do Olhar Digital.
Outra mutação, que tem relação com a variante Alfa, pode ajudar a infecção a se espalhar de forma mais rápida pelo corpo. Ainda, a IHU deriva de outra cepa, a B.1.640, detectada no fim de setembro de 2021, na República do Congo, estando atualmente sob vigilância da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os casos identificados estão associados a viagens para Camarões, na África Central.
Os pesquisadores, no entanto, defendem que ainda é muito cedo para especular sobre o comportamento da IHU em relação à transmissibilidade, nível de gravidade das infecções e sobre a proteção das vacinas. Até o momento, a nova variante não foi identificada em nenhum outro país e não foi rotulada como uma cepa sob investigação pela OMS.
Primeiros casos identificados
Os primeiros casos, que foram identificados na França, foram observados na localidade de Forcalquier, na região de Provença-Alpes-Costa Azul. Na mesma região, mas em Marselha, uma dezena de casos surgiram associados a viagens para Camarões, país na África Central que faz fronteira com a República do Congo. De acordo com o Olhar Digital, o primeiro caso da variante IHU foi identificado em um adulto que havia testado positivo para covid-19 em novembro de 2021
Variante Ômicron
Identificada em novembro do ano passado, a variante Ômicron é a mais contagiosa de todas as variantes do coronavírus consideradas preocupantes. A cepa apresenta mais de 30 mutações genéticas na proteína da espícula, a "chave" que permite ao vírus entrar nas células humanas.
Na Capital cearense, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou que já existe a transmissão comunitária da variante. O termo é usado para indicar ocorrência de casos quando já não é possível identificar a origem da contaminação, ou seja, o vírus já circula sem restrições entre a população.
Conteúdo sempre disponível e acessos ilimitados. Assine O POVO+ clicando aqui