Camilo aponta "crescimento veloz" da Covid-19 para restrição de eventos
O aumento da positividade dos testes e da pressão assistencial fez com que o governador decidisse recuar em relação às atuais medidasO governador Camilo Santana (PT) argumentou que o “crescimento veloz” da Covid-19 e das síndromes gripais fez com que o Estado revisse as medidas em vigor para o enfrentamento da crise na saúde no Estado. Em decreto publicado nesta quarta-feira, 5, o Estado proibiu eventos de Pré-Carnaval e Carnaval por 30 dias e reduziu em 90% a capacidade dos demais eventos.
Ao lado do secretário da Saúde, Marcos Gadelha, Camilo ponderou que a ascensão do número de casos e da pressão assistencial aconteceu especialmente nas últimas duas semanas. “Nos últimos dias de dezembro, há um crescimento da positividade de casos em todo o Estado”, constatou Camilo.
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O ponto de testagem do Aeroporto Internacional Pinto Martins, por exemplo, apresentou crescimento de mais de cem vezes do número de exames positivos, proporcionalmente. Entre os dias 1 e 4 de dezembro, 0,14% dos exames realizados resultaram em diagnóstico positivo, enquanto no fim do mês o número chegou a superar os 11%, segundo o governador.
Com os dados, o chefe do Executivo estadual informou que o Hospital Estadual Leonardo da Vinci será novamente a unidade de referência para atendimento de pacientes com a Covid-19 e, desta vez, também para as demais síndromes respiratórias. Segundo o governador, Estado também está reestruturando as unidades de internação de enfermarias e UTI criadas no Interior para atender o aumento da demanda.
Os municípios também receberão Tamiflu, medicação utilizada para tratamento contra a Influenza. "Estamos fazendo uma nova compra agora para que lá na Atenção Básica já na identificação dos casos as pessoas possam tomar. Porque se não, os casos se agravam e vão precisar de hospitalização", acrescentou. O atendimento de telemedicina também deve ser ampliado, para que a população possa ser orientada por telefone após os primeiros sintomas.
Fortaleza encerrou o ano de 2021 com o maior número mensal de atendimento por síndrome gripal nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade desde o início de 2020. Em dezembro, foram registrados 27.849 atendimentos, ultrapassando os meses de fevereiro, março, abril e maio do ano passado, durante a segunda onda da pandemia de Covid-19 no Estado, até então o período em que as unidades haviam sido mais procuradas. Em cada um deles, houve mais de 24,4 mil atendimentos.
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