O que se sabe sobre a "flurona", a coinfecção por Covid-19 e Influenza
"Máscara e vacina são as melhores ferramentas para passar por essa fase (disseminação da gripe e Covid-19) da melhor possível", informa o médico e infectologista Keny ColaresTrês pacientes com coinfecção por Covid-19 e Influenza foram identificados desde o aumento dos casos de síndromes gripais, em dezembro de 2021. Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), são três pacientes de Fortaleza, sendo duas crianças de um ano de idade e um homem de 52 anos que não precisou de internação. Ao O POVO, o médico e infectologista Keny Colares explica o que é “a coinfecção Influenza e Covid-19”, que não se trata de recombinação entre os dois vírus.
O termo "flurona" é a mistura das palavras Influenza (vírus da gripe) e coronavírus (vírus da Covid-19). “A gente tem poucas informações sobre a coinfecção. Por enquanto, os casos relatados mostram uma realidade de síndrome gripal comum”, relata o infectologista.
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As duas doenças citadas se manifestam como uma síndrome gripal, que tem como característica a soma de sintomas como febre, dor de cabeça, moleza no corpo, podendo estar associada a sintomas respiratórios (nariz entupido ou escorrendo, dor de garganta e tosse).
“É muito difícil só examinando o paciente achar o diagnóstico exato, diferenciando uma doença da outra. As duas doenças são possíveis quando você está diante de uma síndrome gripal”, informa Keny.
O infectologista alerta que o paciente com as duas doenças podem apresentar quadro mais complicado: "As duas podem complicar, com a síndrome respiratória mais grave, em um quadro em que a falta de ar é mais preocupante. Isso tende a acontecer em pessoas com problemas de saúde (coração, pulmão, doenças crônicas, idosos)".
Além disso, pessoas não vacinadas estão mais desprotegidas em relação aos vírus, argumenta o médico. "Mesmo infectadas, pessoas vacinadas podem ter efeitos dos vírus, mas de maneira mais leve."
O médico também alerta para os descuidos com os cuidados contra a transmissão dos vírus: "Se a gente tem tantos casos de gripe e agora o aumento dos casos de Covid-19, isso pode nos fragilizar e gerar uma predisposição para que isso aconteça".
"A máscara é o equipamento mais importante neste momento em termos de prevenção. É preciso utilizar a máscara de maneira correta: no rosto, cobrindo boca e nariz.
Diante das doenças altamente transmissíveis é importante escolher as melhores máscaras possíveis. Quem puder adquirir máscara cirúrgicas, melhor. Ou quem tiver condição de adquirir uma PFF2, melhor ainda. Máscara e vacina são as melhores ferramentas para passar por essa fase da melhor possível", finaliza Keny.
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