Estudo da UFRJ indica que 3ª dose é rápida e eficiente a novos surtos de Covid-19
Enquanto na segunda dose os anticorpos são produzidos cerca de 15 dias após a vacina, na terceira dose, são necessários apenas cerca de 7 dias, é o que aponta a pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
12:02 | Dez. 04, 2021
De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a dose de reforço contra a Covid-19 proporciona uma resposta ainda mais eficiente do sistema imunológico do que a esperada. Enquanto na segunda dose os anticorpos são produzidos cerca de 15 dias após a vacina, na terceira dose ou dose de reforço, são necessários apenas cerca de sete dias.
O estudo utilizou a análise da produção de anticorpos neutralizantes - aqueles que de fato impedem que o vírus entre nas células - de 250 pessoas com três doses de vacina (duas de CoronaVac e o reforço com a Pfizer). Todas apresentaram anticorpos neutralizantes no máximo sete dias após a dose de reforço.
Orlando Ferreira, professor de imunologia e coordenador do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, considera que as vacinas muito dificilmente deixarão de ser eficazes, apesar da nova variante Ômicron.
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"Para as vacinas se tornarem ineficazes, o coronavírus precisaria mudar completamente e esse não é o caso agora. Temos que lembrar que o objetivo principal da vacinação contra o SARS-CoV-2 é evitar os casos graves e mortes e isso os números diários da pandemia nos mostram que está sendo alcançado, reforça Ferreira para O Globo.
O pesquisador reforça que, apesar da vacinação não bloquear a transmissão, no entanto, ela quase sempre impede o agravamento da Covid-19, fazendo o vírus se manter apenas com casos assintomáticos e leves, que não levam à morte. A gravidade continua sendo preocupante em pessoas com comorbidades e idosos.
As doses de reforço se tornam necessárias pelas defesas adquiridas contra a Covid-19, tanto por vacina quanto por adoecimento prévio, se enfraquecerem com o tempo. O tempo de duração da imunidade varia entre indivíduos, mas após seis meses quase todo mundo perdeu anticorpos neutralizantes.
As informações são do jornal O Globo.