Agência de Saúde alerta para risco atual 'muito alto' da Covid-19 na Europa
Atualmente, menos de 70% da população geral da UE foi completamente vacinada, o que dá "amplo espaço para o vírus se disseminar", alerta o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês)
08:44 | Nov. 24, 2021
O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), uma agência da União Europeia, alerta em comunicado hoje para o risco "muito elevado" da covid-19 atualmente na região, "a menos que medidas de saúde pública sejam aplicadas com urgência". O órgão diz que cenários recentes avaliados indicam que o impacto da variante delta do vírus sobre a região será "muito alto" em dezembro e janeiro, a menos que um esforço de medidas seja aplicado com combinação com iniciativas para avançar mais na vacinação.
O ECDC alerta que ainda há grupos populacionais e faixas etárias nos quais a cobertura vacinal está abaixo do desejado, mesmo em países com boa cobertura vacinal em geral. "Há ainda muitas pessoas em risco de infecção grave por covid-19 que precisamos proteger o mais rápido possível", afirma, recomendando ainda doses de reforço para todos os adultos e a volta de medidas "não farmacêuticas" para conter as transmissões.
Atualmente, menos de 70% da população geral da UE foi completamente vacinada, o que dá "amplo espaço para o vírus se disseminar", alerta o centro. As projeções do órgão apontam para mais hospitalizações de pessoas não vacinadas nos grupos de risco, com o nível de vacinação atual ainda insuficiente para limitar a piora do quadro de casos e hospitalizações nos meses do inverno local.
O ECDC diz que os países devem considerar uma dose de reforço para todas as pessoas acima de 18 anos, sobretudo para aquelas com mais de 40 anos. O reforço é recomendado a partir de seis meses do esquema vacinal completo, afirma.
Outro alerta é de que existe "alguma evidência de diminuição da eficácia das vacinas com o tempo contra infecção e transmissão" da covid-19, por isso a importância de outras medidas não farmacêuticas. O centro não detalha esse ponto no seu comunicado, mas em seu mais recente relatório de avaliação sobre o quadro atual recomenda o uso de máscara, o trabalho em casa quando possível e o distanciamento social, alertando para os riscos presentes nas festas de fim de ano.