Terceira dose da vacina contra Covid-19: qual deve ser aplicada?

Público recomendado para receber a dose de reforço foi ampliado e tempo de intervalo reduzido nesta terça-feira, 16. Segundo o Ministério da Saúde, toda a população acima de 18 anos deverá tomar uma terceira dose cinco meses após a segunda aplicação

02:55 | Nov. 17, 2021

Por: Ana Rute Ramires
Ministério da Saúde estima que 158 milhões de brasileiros estão aptos a receber a dose de reforço (foto: Aurelio Alves)

A aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 deve ser estendida a todos os brasileiros acima de 18 anos, conforme anúncio do Ministério da Saúde na manhã desta terça-feira, 16. A recomendação da pasta nacional é que o esquema vacinal seja heterólogo — combinação de vacinas diferentes. Quatro imunizantes são usados para primeira e segunda doses no Brasil, veja qual deles deve ser aplicado na dose de reforço em cada caso.

Esse esquema é recomendando porque resultados preliminares de um estudo da Universidade de Oxford, encomendado pelo Ministério, indicam que ele aumenta significativamente a imunidade. A orientação é que o reforço seja aplicado, preferencialmente, com a vacina da Pfizer. Na falta desse imunizante, pode ser aplicada a AstraZeneca ou Janssen. 

As pessoas que tomaram a vacina da Janssen, da farmacêutica Johnson & Johnson, precisarão tomar uma segunda dose do imunizante. A aplicação deverá ser feita dois meses após a primeira dose. O reforço para essas pessoas será feito cinco meses após o esquema vacinal completo.

A dose de reforço começou a ser aplicada no Brasil em setembro. Essa dose era recomendada apenas para os profissionais de saúde, idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos. Desse público, cerca de 11 milhões de brasileiros já tomaram o reforço. A pasta estima que 158 milhões de pessoas com mais de 18 anos fazem parte do público-alvo para essa nova fase da imunização. 

Outros casos

O Ministério não definiu ainda qual a vacina deve ser aplicada para quem recebeu primeira e segunda doses da Pfizer. Conforme Queiroga, ainda não há informações sobre qual imunizante deve ser aplicado nesse grupo, mas afirma que "ainda há tempo" para decidir. "Esperamos ter informações concretas sobre isso em um curto espaço de tempo", garantiu.

Há ainda o caso de brasileiros imunizados com doses diferentes na primeira e na segunda aplicação. A maioria ocorreu entre a da AstraZeneca e a Pfizer. Para essas pessoas, a recomendação é que a dose adicional seja a da Pfizer. 

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