Polícia italiana lança operação contra violência dos antivacinas

Os acusados "participavam de grupos de discussão, convocando sistematicamente o uso de armas e a prática de ações ilegais graves contra os mais altos funcionários institucionais, incluindo o primeiro-ministro Mario Draghi"

A polícia italiana fez, nesta segunda-feira, 15, uma onda de operações contra grupos antivacinas por incitarem, nas redes sociais, a violência contra políticos e médicos defensores do passaporte sanitário da Covid-19. As batidas foram realizadas em 16 cidades de todo país contra 17 dirigentes extremistas do movimento "Basta Dittatura" (Abaixo a ditadura), ativo no Telegram.

De acordo com nota divulgada pela polícia de Turim (norte), é um grupo que "incita o ódio e a prática de crimes graves".

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Este grupo é conhecido por ter organizado manifestações contra o passaporte anticovid-19, tornado obrigatório em todos os locais de trabalho desde 15 de outubro.

O passaporte sanitário certifica que o portador foi vacinado, que já teve e se recuperou da Covid-19, ou que deu negativo em um teste recente de detecção do coronavírus.

Os acusados "participavam de grupos de discussão, convocando sistematicamente o uso de armas e a prática de ações ilegais graves contra os mais altos funcionários institucionais, incluindo o primeiro-ministro Mario Draghi", relatou a polícia.

Também ameaçaram policiais, médicos, cientistas, jornalistas e figuras públicas, acusando-os de "escravidão" e de "colaboração" com a "ditadura", completou a polícia de Turim.

Primeiro país da Europa afetado pela pandemia em fevereiro de 2020, a Itália pagou um preço alto, com mais de 132.000 mortes. Hoje, 84% das pessoas com mais de 12 anos foram vacinadas, e já começou a campanha para a aplicação da terceira dose.

 

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