Reino Unido se torna o primeiro país a autorizar o comprimido contra Covid-19

Apesar da autorização, o comprimido não deve substituir a vacinação

11:21 | Nov. 04, 2021

Por: Euziane Bastos
Reino Unido se torna o primeiro país a autorizar o comprimido contra a Covid-19. (foto: Merck & Co Inc / via Reuters)

A agência regulatória do Reino Unido concedeu, nesta quinta-feira, 4, autorização condicional para o comprimido contra a Covid-19 chamado molnupiravir, desenvolvido pela farmacêutica Merck (conhecida no Brasil como MSD). Com isso, o Reino Unido passa a ser o primeiro país a autorizar a medicação.

O esquema nacional de Autorização de Comercialização Condicional (CMA, na sigla em inglês), que foi aplicado no caso da medicação contra Covid, foi introduzido para novos medicamentos na Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales e Escócia) desde 1º de janeiro deste ano e vale para remédios contra doenças graves as quais ainda não possuem tratamento efetivo.

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Uma autorização de uso de emergência do molnupiravir foi concedida à Irlanda do Norte para garantir o acesso em todo o Reino Unido. A agência pode conceder uma autorização desse tipo quando os dados clínicos ainda não estiverem completos.

Detalhes sobre a distribuição do comprimido ainda não foram divulgados, mas o que se sabe é que a vacinação continua sendo prioridade, ou seja, o remédio não deve ser utilizado como substituto da vacina.

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No início de outubro, a Merck anunciou que o molnupiravir reduziu as hospitalizações e mortes em pessoas no início da infecção com o coronavírus. Pacientes que receberam o remédio em até 5 dias após o início dos sintomas da Covid tiveram cerca de metade da taxa de hospitalização e morte em relação aos pacientes que receberam um comprimido inativo. No entanto, o medicamento não funciona para pacientes com quadros graves de Covid-19.

Público-alvo

 

O molnupiravir foi autorizado para uso em pessoas:

- com Covid-19 leve a moderada;

- com pelo menos um fator de risco para o desenvolvimento de doença grave (obesidade, idade avançada, diabetes ou doenças cardíacas)

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A recomendação é de que o medicamento seja usado o mais rapidamente possível após um diagnóstico positivo de Covid-19 e, ao mesmo tempo, dentro de 5 dias após o início dos sintomas.

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