Covid-19: Fortaleza já vacina idosos a partir de 60 anos com 3ª dose
Maior parte dos cearenses que receberam a dose de reforço são moradores de Fortaleza. Idosos, imunossuprimidos e profissionais da sáude são o público-alvo
16:59 | Nov. 03, 2021
A partir desta quarta-feira, 3, pessoas com 60 anos ou mais começam a receber a terceira dose (D3) na Capital cearense. A dose de reforço para esse público leva em conta a data de aplicação da segunda dose (D2)
No Ceará, 197.804 pessoas já receberam a terceira dose (D3) da vacina contra a Covid-19. A maioria delas são moradoras de Fortaleza: a Capital chegou a 110.075 imunizados com a dose de reforço. Os dados são do Vacinômetro da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), atualizados às 17h do dia 2 de novembro.
A aplicação da D3 foi autorizada em todos os municípios cearenses pela Sesa no dia 24 de setembro. A responsabilidade pelo agendamento e pela vacinação é de cada prefeitura municipal.
Em 8 de setembro, Fortaleza iniciou a aplicação da D3 em idosos moradores de Instituições de Longa Permanência. No dia seguinte, foi a vez dos profissionais da saúde e pessoas com alto grau de imunossupressão. No dia 25 daquele mês, a Capital passou a vacinar também o público geral acima de 70 anos de idade.
Quem está recebendo a D3?
Em nota técnica do dia 24 de setembro, a Sesa prevê a vacinação de reforço ou adicional para idosos acima de 70 anos e pessoas imunossuprimidas.
A pasta informa ainda que “quem define o público-alvo é o Ministério da Saúde, os Estados seguem as recomendações.” O ministério recomenda o reforço também para profissionais da saúde.
E quando vou tomar a D3?
Para os idosos, a dose de reforço deve ser administrada seis meses após a última dose do esquema vacinal (segunda dose ou dose única), independente do imunizante aplicado.
Já para pessoas em condições de imunossupressão, a dose adicional ao esquema deve ser aplicada 28 dias após a última dose do esquema básico.
A Prefeitura de Fortaleza explica o agendamento leva em conta dois fatores: a idade e o tempo decorrido desde a segunda dose (D2). São incluídos aqueles do público-alvo que completaram seis meses desde a D2, e então a lista segue a faixa etária em ordem decrescente.
Perdi a data agendada, o que fazer?
Na Capital, idosos e pessoas com imunossupressão que perderam o agendamento da D3 podem comparecer ao Centro de Eventos para receber a dose.
Quais documentos preciso levar?
Ao comparecer ao centro de vacinação, é necessário apresentar documento de identidade com foto, CPF, Cartão Nacional de Saúde (CNS), comprovante de residência e cartão de vacinação.
O que fazer no caso de idosos restritos ao leito?
Para os idosos acamados, a Prefeitura informou que é necessário que o familiar ou responsável entre em contato com o 156 (opção 05) ou se dirija, quando tiver o agendamento confirmado nas listas, ao posto de saúde mais próximo para notificar a necessidade da aplicação domiciliar. Para registrar a solicitação, é necessário o cartão de vacinação e o documento de identidade do idoso.
Posso escolher qual vacina tomar na terceira dose?
Não. O Ministério da Saúde indicou que seja aplicada a vacina da Pfizer. Caso não esteja disponível, podem ser usadas a AstraZeneca ou a Janssen.
Por que é necessária mais uma dose?
Estudos vêm sugerindo que, a partir de seis meses, a proteção oferecida pelas duas doses ou pela dose única é reduzida. Há também a indicação científica de que uma terceira dose reforça as defesas do organismo.
O maior estudo de efetividade da terceira dose da vacina contra Covid-19 feito até o momento, realizado pelo Instituto de Pesquisa Clalit de Israel em parceria com a Universidade de Harvard, mostrou que a terceira dose da vacina Pfizer reduziu a hospitalização relacionada à Covid-19 em 93%; o estado grave da doença em 92% e as mortes em 81% em comparação com apenas duas doses recebidas pelo menos cinco meses antes.
E depois da terceira dose? Estou completamente protegido?
Nenhuma vacina tem efetividade de 100% para a prevenção de qualquer doença. A dose adicional ou de reforço aumenta a capacidade de resposta imunológica, mas não "blinda" contra o coronavírus. Assim, as medidas de proteção já conhecidas devem ser respeitadas, sendo o uso de máscaras (especialmente em ambientes fechados) e o distanciamento as medidas mais importantes — uma vez que o vírus é transmitido pelas vias respiratórias