Elmo 2.0: nova versão terá sensores para melhorar monitoramento do paciente

Inicialmente utilizado para tratar casos moderados da Covid-19, o dispositivo atua agora para tratar demais doenças respiratórias

O capacete de respiração assistida Elmo receberá adaptações para sua versão 2.0, que vem sendo desenvolvida desde de abril deste ano. Ele é característico por ter a capacidade de reduzir em 60% a necessidade de internação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Para as adaptações, um conjunto de pesquisadores, especialistas e técnicos de instituições dos setores público e privado estão trabalhando para as mudanças.

O objetivo principal das adaptações é otimizar o monitoramento dos pacientes a partir da implantação de sensores e alertas ao produto. De acordo com o coordenador do projeto, Daniel Chagas, o conjunto de sensores irá apoiar as equipes de saúde no acompanhamento dos pacientes com o Elmo.

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"Antes, isso era feito de forma visual. Agora, a ideia é concentrar essas informações num minicomputador. Esses dados, que são registrados também para pesquisa, vão trazer não só uma facilidade do trato dos profissionais de saúde com os usuários, mas informações sobre a ‘elmoterapia’ em geral. É um grande avanço para o enfrentamento à Covid-19″, explica Chagas.

O teste mais recente realizado ocorreu na última quarta-feira, 6, no Laboratório Elmo da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). No local, os participantes tiveram de avaliar e registrar em formulário os aprimoramentos indicados para o protótipo. O teste teve a coordenação do coordenador do projeto Elmo 2.0, Daniel Chagas.

Além do teste de usabilidade aplicado para os profissionais da Saúde envolvidos no projeto, os protótipos também estão sendo utilizados em voluntários saudáveis convocados pelos pesquisadores, como forma de potencializar as análises. Pelo menos 12 pessoas foram submetidas ao procedimento. A expectativa é de que, a partir do avanço dos testes, esta etapa avance também para pacientes com alguma dificuldade respiratória.

Sobre o Elmo

O capacete de respiração assistida, o Elmo, foi criado, inicialmente, para tratar pacientes com quadro leve ou moderado de Covid-19. Feito com silicone e PVC, o dispositivo foi desenvolvido para oferecer oxigênio em alto fluxo para o usuário internado. O equipamento envolve toda a cabeça do paciente e é fixado no pescoço em uma base que veda a passagem de ar.

Atualmente, o capacete Elmo é utilizado em diversas unidades de saúde, tanto públicas quanto privadas, para tratar infecções pelo coronavírus e outras doenças respiratórias. Por ser um equipamento novo, a ESP/CE capacita os profissionais de saúde para o manejo do dispositivo. Mais de 1.400 profissionais já receberam a habilitação, que é oferecida de forma on-line e presencial.

O projeto é uma iniciativa conjunta entre Unifor, Universidade Federal do Ceará (UFC), Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Ceará), e Governo do Ceará, por meio da Sesa, ESP/CE e Funcap. O capacete Elmo também conta com o apoio da Esmaltec e do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).

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