Secretários questionam número de adolescentes que receberam vacinas não recomendadas no País
Os órgãos lembram da possibilidade de erros na hora de registrar aplicação de vacinas, tanto por eventual esgotamento dos servidores, como por dificuldades relacionadas aos sistemas de informaçãoEntidades representativas de secretários da saúde estaduais e municipais lamentaram a recente decisão do Ministério da Saúde (MS) de interromper a vacinação de adolescentes sem comorbidades. Os órgãos afirmam que não foram consultados previamente sobre o tema e enfatizam que as decisões não têm “respaldo técnico ou científico”.
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) questionaram ainda a confiabilidade dos dados apresentados pelo MS sobre os adolescentes que foram vacinados com imunizantes ainda não aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária: cerca de 25 mil, de acordo com o órgão federal.
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“Quando o próprio Ministro da Saúde aponta que ocorreram pouco mais de 25 mil aplicações de vacinas diferentes daquelas recomendadas para os adolescentes, temos que primeiramente considerar se o dado é real, uma vez que erros de registro vêm sendo identificados, tanto por eventual esgotamento dos servidores, como por dificuldades relacionadas aos sistemas de informação”, argumentam, lembrando que o quantitativo equivale a 0,75% do total de vacinas aplicadas.
As entidades reafirmam sua confiança na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e em outras agências sanitárias regulatórias do mundo, que afirmam a segurança e eficiência da vacina da Pfizer para crianças com 12 anos de idade ou mais. “Também confiamos na Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda a aplicação desse imunizante após o término da vacinação dos públicos de risco prioritários”, reitera a nota.
A posição das secretarias é que a vacinação deste público continue, conforme os atuais conhecimentos científicos. O Ceará, após reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB-CE), decidiu permanecer com a imunização dos adolescentes. A Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) defendeu a importância da imunização desse grupo para impedir a circulação do novo coronavírus.
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